sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Feliz Natal


Feliz Natal, para todos aqueles que participam neste blog... e também para aqueles que nos acompanham...

Luis Lanção

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Gente da Minha Terra - Marisa



Porque isto é Fado , eu gosto e orgulho-me disso !

Bambina *

Jack London


"A verdadeira função do homem é viver, não apenas existir."
Bambina *

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

UMA MARAVILHA CHAMADA CÉREBRO...

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Fixe os seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente o leia correctamente:

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!


CC
(Recebi por email)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

«LISBOA - LIVRO DE BORDO», JOSÉ CARDOSO PIRES

O Luís Lanção (12ºF), no âmbito do Contrato de Leitura, brindou-nos com um excelente trabalho sobre «Lisboa - Livro de Bordo», de José Cardoso Pires! A arte, a sensibilidade, a criatividade... aliadas à técnica.... resultaram num momento de aula inesquecível. A classificação? 20 valores e o aplauso geral de pé... num tributo ao Patrono da nossa Escola... e a um aluno de excelência!

Obrigada, Luís, por seres como és e partilhares a tua arte connosco!

http://moodle.cenfores.org/file.php/205/JOSE_CARDOSO_PIRES/lisboa._livro_de_bordo_by_luis_lancao.wmv
(Este trabalho será apresentado a toda a Comunidade Escolar durante as actividades da Escola Viva - Escola Comunidade)


CC

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A NOSSA ÁRVORE DE NATAL


Paz
União
Alegrias
Esperanças
Amor.Sucesso
Realizações...Luz
Respeito.Harmonia
Saúde...Solidariedade
Felicidade......Humildade
Confraternização.....Pureza
Amizade...Sabedoria...Perdão
Igualdade..Liberdade..Boa sorte
Sinceridade....Estima...Fraternidade
Equilíbrio.....Dignidade......Benevolência
Fé....Bondade...Paciência...Gratidão....Força
Tenacidade.....Prosperidade.....Reconhecimento
Amor ao próximo ........... Respeito pelos mais velhos
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
cc

domingo, 9 de dezembro de 2007





O que seria do mundo sem as suas nuvens?
Do céu sem os mares?
Ou das estrelas... exibicionistas, sem milhares de olhos,
que contemplam a sua beleza?

E a Lua? Ó doce Lua,
tão sombria és, e tanto me fascinas!
Pálida, serena, fria e solitária.

Quantas almas, perante ti
realizaram belas juras de amor?
E tu, apenas te limitaste a ouvi-las.

És tu, Lua, quem desperta nos homens as suas vidas,
mas tão distante te encontras,
que nem às minhas cartas poderás responder.
Tão solitária és, que me rejeitas, me ignoras...

Ó Lua, o que seria de mim sem ti?

Zk 12ºD

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Desejo inventar palavras.
As que conheço parecem-me poucas,
Insuficientes,
Demasiado comuns e pequenas.
Às vezes fico dividido
Entre duas palavras…
E essa divisão não surge, sequer,
Entre a palavra que quero dizer
E a que imagino que queres ouvir.
Apetece-me dizê-las às duas,
Numa só.
Como se ambas fossem uma,
Num único significado,
Abrangedor de ambas.
Hoje quero dizer que te adoro.
Porque és como o meu astro regente,
Que me dá vida…
E que eu venero como a um Deus, intocável.
Mas também quero dizer que te amo,
Que és tão igual a mim que podemos ser um só,
Penetráveis!
E nessa palavra, que possuisse os dois significados,
Ponte entre o intocável e o penetrável,
Queria dois pilares de silêncio.
Que suportassem os dois significados.
Um pilar de silêncio
No momento em que a ouves,
Por não a conheceres.
E um outro feito do silêncio do momento seguinte,
Em que dás conta do plural do significado,
E engoles em seco a palavra nova que sai da minha boca
E que te impede de dizer que me queres.
Inventei agora essa palavra: Amoro-te!
E amoro-te porque te amo e te adoro
E quando digo que te amo não esqueço que te adoro.
E quando te digo que te adoro, lembro-me que te amo.
Quando digo só uma dessas palavras
Não digo tudo…
E o que não digo…
Fica-me preso na garganta
Como azia…
E amoro-te lembra-me amoras..
Digo amoro-te
E fico com um gosto doce na boca.
Às amoras.
A amores.
Que se adoram.
Porque são doces.
...Mesmo quando não estás comigo.

(Desconheço o autor)
Dedicado a Ti HS
porque hoje estou feliz e apetece-me "deitar cá para fora" este amor!!!

V.M

Sentimento

Hoje apetece-me falar de amor, não daquele amor que se diz da "boca para fora" mas de um amor verdadeiro, amor esse que me deixa feliz e com vontade de viver que me faz acordar todos os dias e me faz pensar que a vida é bela e cheia de cores, sei que um dia isto pode acabar mas agora quero vivê-lo com toda a intensidade sem pensar no amanhã, porque o amanha é incerto...
Hoje apetece-me falar de ti, de mim, de Nós, esse TU e Eu que se faz tornar num só... apetece-me falar do que sinto e do que me fazes sentir, por vezes as palavras parecem pequenas, e um pouco insignificantes para expressar todo este sentimento, mas num toque, num olhar, num gesto, num momento, num beijo apaixonado podes sentir tudo isso...!!! Simplesmente quando me abraças, quando me beijas, quando sinto um toque teu na minha pele, o teu respirar sinto-me segura, especial, amada...é tudo tão estranho mas tão intenso, tão cheio de sentimentos contraditórios, estou feliz porque te tenho mas tenho medo que isso acabe, fico insegura mas ao mesmo tempo confiante... mas apesar de todos esses sentimentos negativos vivo esse amor como se mais nada existisse simplesmente tu e eu onde tudo é unico e cheio de sonhos!!!
Porque tu és mais que um simples namorado, és aquele com quem partilho as minhas alegrias e tristezas, com quem falo sem medos nem receios, que me apoia e me sabe dizer quando estou errada, aquele todo que me faz sentir bem!!!
AMORO-TE MUITO


vanessa marques (aquele que me completa:HS)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Amizade

Pode ser que um dia deixemos de nos falar.
Mas, enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe.
Mas, se a amizade permanecer, um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos.
Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos.
Mas, se ainda sobrar amizade, nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe.
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, cada vez de forma diferente, sendo único e inesquecível cada momento que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.

(ALBERT EINSTEIN)

Perto ou longe, presentes ou ausentes sei que estarão sempre dentro do meu coração...!!!
Sem vocês tudo era diferente
Adoro-vos daquela maneira (e não preciso referir nomes porque vocês sabem quem são) pois não é necessário palavras para o transmitir... bastam olhares, abraços, palavras, momentos e tudo se explica!!! Tudo se torna ESPECIAL ao vosso lado!!!

Vanessa Marques 12ºE

Felicidade





A felicidade é algo que se multiplica quando se divide...!!!!



Vanessa
Um guerreiro da luz nunca esquece a gratidão.
Durante a luta, foi ajudado pelos anjos;
as forças celestiais colocaram cada coisa no seu lugar,
e permitiram que ele pudesse dar o melhor de si mesmo.
Os companheiros comentam: "como tem sorte!".
E o guerreiro, às vezes, consegue muito mais do que
a sua capacidade permite.
Por isso, quando o sol se põe, ajoelha-se e agradece pelo
Manto Protector à sua volta.
A sua gratidão, porém, não se limita ao mundo espiritual;
ele jamais esquece os amigos,
porque o sangue deles se misturou com o seu no campo de Batalha.
Um guerreiro não precisa que ninguém lhe recorde
a ajuda dos outros;
ele lembra-se sozinho,
e divide com eles a recompensa.


"Paulo Coelho-Guerreiro da Luz"

A.C 12ºF

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Algo *

Houve um dia em que o sol acordou diferente, em que o azul do céu se apresentou de uma outra forma.
Nesse dia, tudo deixou de ter aquele vulgar sentido... tudo deixou de, simplesmente, parecer agradável. Nesse dia, não houve um único constrangimento que tomasse conta da (minha) respiração. Nesse dia... um grão de esperança libertou-se e instalou-se, relutantemente, em frente a todo um olhar que ia ficando desprovido de asas, desprovido de sonhos, desprovido de algo...!
A partir desse dia, nenhum desalento deteve a vontade de correr. A partir desse dia, nenhuma gota de água se mostrou capaz de travar o (meu) esplendoroso sentir. A partir desse dia, toda a história redigia-se da forma mais inesperada, mais marcante, mais sólida, mais...
Hoje, tudo aquilo que se constrói é suportado pelo brilho de uma insólita essência capaz de significar mais que o mundo que, por sua vez, suporta sonhos, desejos, apertos, afrontas, mas, acima de tudo, suporta algo!
Tudo aquilo que "retemos", o sol, que outrora havia acordado de forma diferente, fará, alegremente, vingar.



Ricardo Lima, 12º E

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Deixa-me Sonhar...

Quero sonhar, por favor deixa-me sonhar!
Neste meu reino encantado tu és a minha princesa
e eu o teu príncipe. Não digas nada... somente te peço
que me deixes sonhar, mesmo que venha a acordar.
Deixa-me sonhar, deixa-me viver este momento,
Deixa-me ter-te pelo menos uma vez. Não! Não quero acordar!
Por Favor, não me acordes, deixa-me sonhar!


J.P.
«Carpe diem quam minimun credula postero»
(Goza o dia de hoje e conta o menos que possas com o dia de amanhã)
A.C 12ºF
Ricardo Reis

Sim

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.

12E

Joana Barradas

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Telefonema

Hoje liguei-te com uma grande expectativa de ouvir a tua voz, de me sentir um pouco mais feliz ! Fico com uma grande "decepção" quando estou sem TI!! Sinto algo frio. Um vazio. Não te posso perdoar simplesmente porque não há nada para perdoar!!! Mas posso-te amar, porque és tudo o que se pode amar!!!




É o que sinto agora.




Isaque Galvão (Iris Lopes)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

PESSOAS




Catarina Alves
Luis Lanção

12ºE e F

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Quando Eu

Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima ...
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor —
Tu não me tiraste a Natureza ...
Tu mudaste a Natureza ...
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.


A.Caeiro

ivo duarte 12ºE

"Passei Toda a Noite"

"Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar."

Alberto Caeiro

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A brisa...

O meu coração deixou-se atravessar por uma brisa. Uma brisa que dá alento, uma brisa que amortece os impulsos de um querer insaciável... uma brisa que me veio dizer para não esquecer, para não desistir, para não deixar. Hoje, essa singela brisa molda a minha vida e eu... eu, na mais plena das inocências, tornei-me dependente da sua existência!


Ricardo Lima, 12ºE Nº12

(Desculpem, eu não sei que não escrevo tão bem quanto muitos de vocês!)
Queria salientar o facto de gostar imenso de vários textos que já li por aqui!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Do nada «viraste» tudo, e desse tudo, «viraste» 'nada'...

Olho para mim, aqui, sentado..
Com o coração dormente...
Só tu me vens à cabeça...
Tudo o que vivemos, tudo o que passamos...
Do nada viraste tudo, e desse tudo, viraste 'nada'...
Foste um sonho...
Eu voei, nesse sonho, voei alto...
Agora estou a chegar ao chão...
Da maneira mais dura, mais cruel...
Dói, «machuca», chega a matar por dentro...
Tudo isto...
Foste uma ilusão, uma miragem...
Por mais que me queria enganar, não conseguirei...
Porque tu...
Só tu!
Foste realmente o meu amor...

J.P.

Surfista



De pé na frágil tábua
onda a onda ele escrevia
poesia sobre a água.
Era uma escrita tão una
de tão perfeita harmonia
que o que ficava na espuma
não se podia apagar:
era a própria grafia
do poema do mar.

Manuel Alegre


Luís Varela N8 12E

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

só apenas....


Por tanto tempo a escuridão foi a minha Luz..foi o único caminho que eu sabia percorrer...
O único sabor áspero que tingia os meus lábios...
Sentia-me mergulhado nas minhas próprias lágrimas... sentia-me pouco a pouco a afogar...na neblina escura de mim próprio...
Parecia não quererlargar-me...eu lutei...tentei resistir...ser forte...mas desisti...nem sequer olhei para trás...
Estava cansado de todos aqueles olhares que me atingiam, que me queimavam a alma e a mim...eu continuava só naquele mar de gente...enquanto que por dentro ardia...queria tornar-me real...queria crescer...e cresci...com aqueles olhares e murmúrios que a meu lado me destroiem...me deitam a baixo...a vida que antes era nunca mais é a mesma...nem nunca será...só apenas...



Assinado : Diogo Nuñez

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sumol Znowtrip 07/08


Para mais informações, contactar: Tomé, 12º B, nº9
Telemóvel: 913610853

http://www.megafinalistas.com/2.htm

A MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA... I

O SUJEITO MAIS CITADO EM PORTUGAL: O BENVINDO

Por todo lado, surge a palavra "benvindo". Em situações particulares, informais, mas também públicas e oficiais. Sempre me fez muita confusão porque "benvindo" não existe sequer na língua portuguesa e, muito menos, nos dicionários. É apenas um nome próprio cujo feminino é "Benvinda".


Se queremos dizer que alguém chegou bem ou como se desejava, que é recebido com prazer, com agrado e satisfação dever-se-á escrever os adjectivos "bem-vindo" ou "bem-vinda", cujos plurais são "bem-vindos" e "bem-vindas", respectivamente.


CC

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjectividade objectiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um eléctrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...


Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espectáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espectáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...


O porvir...
Sim, o porvir...


(Poema de Álvaro de Campos)




Fernando Pessoa


Tomé

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

JOSÉ CARDOSO PIRES






'Que sorte que Lisboa tem de ter alguém a escrever sobre ela tão bem como ele escreve'



(...)

«Logo a abrir, apareces‑me pousada sobre o Tejo como uma cidade de navegar. Não me admiro: sempre que me sinto em alturas de abranger o mundo, no pico dum miradouro ou sentado numa nuvem, vejo‑te em cidade‑nave, barca com ruas e jardins por dentro, e até a brisa que corre me sabe a sal. Há ondas de mar aberto desenhadas nas tuas calçadas; há âncoras, há sereias. O convés, em praça larga com uma rosa‑dos‑ventos bordada no empedrado, tem a comandá‑lo duas colunas saídas das águas que fazem guarda de honra à partida para os oceanos. Ladeiam a proa ou figuram como tal, é a ideia que dão; um pouco atrás, está um rei‑menino montado num cavalo verde a olhar, por entre elas, para o outro lado da Terra e a seus pés vêem‑se nomes de navegadores e datas de descobrimentos anotados a basalto no terreiro batido pelo sol. Em frente é o rio que corre para os meridianos do paraíso. O tal Tejo de que falam os cronistas enlouquecidos, povoando‑o de tritões a cavalo de golfinhos.

[...]

Finis Terrae

A última Vista da Cidade será uma cortina de gaivotas enfurecidas a levantarem‑se entre mim e o Tejo.
Na altura estarei, ou estou ainda, sentado num café‑snack do Terreiro do Paço junto ao cais dos cacilheiros, com uma larga vidraça a separar‑me do rio. Café Atinel, que nome mais estúpido. Olho as mesas vazias e pergunto‑me por que razão é que um sítio assim, tão privilegiado, consegue estar desconhecido. Por mim não quero outra coisa: barcos que chegam, barcos que partem, gente de entrar e sair a servir‑se ao balcão, e eu sentado em cima do Tejo.
Tal como estou tenho a cidade pelas costas. Comércio, multidão, Europa, fica tudo para trás. Lá as pessoas andam todas a perguntar as horas umas às outras, enquanto que neste reduto para aqui esquecido sabe‑se do correr do dia pelo mudar da cor do Tejo, e não me digam que não é uma felicidade estar‑se assim, à mesa sobre as águas, com gaivotas a saírem‑nos de baixo dos pés e a passarem‑nos a dois palmos dos olhos num bailado de gritaria.
Tempo bom, o desta solidão. Tempo melhor ainda, lembram os eméritos de biblioteca num ulissiponês de fazer inveja, quando se via a olho a nu o Promontório da Lua por toda essa costa além. Tempo, dizem, em que nas margens da Outra Banda havia areias que escorriam ouro (Marco Terêncio fala disso) e pastagens celestes onde as éguas emprenhavam pelo vento. Tempo de poeiras luminosas e lágrimas lunares. E de pérolas. E de tritões. Tritões cantadores como aquele que consta da Descrição da Cidade de Lisboa de Damião de Góis. "Noutros tempos, longos tempos, havia em Lisboa uma sereia..." Conheço uns versos de Robert Desnos que começam desta maneira mas é melhor ficar por aqui porque o Tejo não é de fábula nem de poema e corre sem nostalgias. E Lisboa a mesma coisa, disso podemos estar nós bem seguros. Só que, com o saber dos séculos e os sinais de muito mundo que a perfazem, sugere várias leituras, e daí que a cada visitante sua Lisboa, como tantas vezes se ouve dizer.
Daí também que nós, os que somos dela, lhe estejamos tão errantes na paixão. Um dia pode acontecer que, sentados como agora sobre o rio, a tentemos ler pela voz dos outros e então ainda nos sentiremos mais errantes, mais incertos. Entre uma Lisboa de Tirso de Molina, saudada como a “oitava maravilha”, e a Lisboa de Fielding, o genial, que a amaldiçoou como um pesadelo leproso, correm águas insondáveis. Beckford viveu-a em palácio, Sade inventou-a num cárcere de rancores. “Lisboa oferece uma apreciável variedade de escolhas para um nobre suicídio”, escreveu um dos grandes narradores dela, Antonio Tabucchi. Vozes, tudo vozes. Olhares. Memorações.
Quando por fim fechamos a página onde líamos a cidade, descobrimos que a vidraça do café está toldada por uma dança de gaivotas em turbilhão e que não há Tejo. Que desapareceu por trás duma desordem de asas e já não é prenúncio de oceano.
Então, ternamente, confiadamente, reconhecemo-nos ainda mais ancorados à cidade que nos viu partir.»


.


in 'Lisboa, livro de bordo', José Cardoso Pires




*




JOSÉ CARDOSO PIRES

[S. João do Peso (Castelo Branco), 1925 - Lisboa, 1998]
*

Autor diversificado, do romance à sátira política, passando pelo teatro e pela crónica, José Cardoso Pires é considerado um dos maiores e melhores prosadores e contadores de histórias da literatura portuguesa contemporânea, tendo obras traduzidas numa quinzena de línguas. Nunca tendo integrado qualquer corrente literária específica - considerava-se a si próprio um "integrado marginal" -, acusa, no entanto, influências várias, desde o neo-realismo, no início da carreira, ao surrealismo, passando por Tchekov e por autores americanos como Poe, Hemingway, Melville. Resulta daqui um realismo crítico de estilo muito pessoal, caracterizado por grande depuração, tanto ao nível narrativo como sintáctico e vocabular, uma prosa viva e objectiva que foi tendo na actividade jornalística, desenvolvida ao longo dos anos, a sua oficina permanente. A ligação do autor ao jornalismo começou na adolescência e manteve-se regularmente, sendo os marcos mais importantes deste percurso as passagens pela revista Almanaque, pelo Jornal do Fundão, pelo Diário de Lisboa e pelo Público. É também apontado à sua escrita um cariz cinematográfico, de certa forma corroborado pelas várias adaptações de contos seus para o cinema.


Indiscutivelmente, abriu uma página nova na Literatura Portuguesa e soube multiplicá-la, sempre fiel ao seu estilo, muito próprio.

Quando lemos José Cardoso Pires, entramos numa esfera onde mergulham a palavra, a memória e o Mundo.



BIBLIOGRAFIA:


Os Caminheiros e Outros Contos (Contos), 1949

Histórias de Amor (Contos), 1952

O Anjo Ancorado (Novela), 1958 ; 1990

Cartilha do Marialva, 1960

O Render dos Heróis (Teatro), 1960

Jogos de Azar (Contos), 1963 ; 1993

O Hóspede de Job (Romance), 1963 ; 1992

O Delfim (Romance), 1968 ; 1999

Dinossauro Excelentíssimo (Sátira), 1972

E agora, José ?, 1977

O Burro em Pé (Contos), 1979

Corpo-Delito na Sala de Espelhos, 1980

Balada da Praia dos Cães (Romance), 1982 ; 1989

Alexandra Alpha (Romance), 1987

A República dos Corvos (Contos), 1988

Cardoso Pires por Cardoso Pires (Crónicas), 1991

A Cavalo no Diabo (Crónicas), 1994

De Profundis, Valsa Lenta (Crónicas), 1997

Lisboa, Livro de Bordo (Crónicas), 1997

Dispersos I - Literatura, org. de Vasco Rosa, 2005




CC

domingo, 28 de outubro de 2007

Estes dias... Sem o "Carpe Diem"...

Sinto... a minha respiração... tornar-se... cada vez... mais difícil...
Sinto... a vida... a desaparecer por entre as lágrimas, por entre os suspiros...
Cada vez mais... sinto... que já não sei sorrir, amar, já não sei ser...
Grito e choro, mas nada me traz de volta... apenas a solidão fica...
Apenas nada... fica... (eu...)

E então parado...f ico a olhar o mal que eu amei
E hoje... tudo é diferente...
(Que ódio)
Eu cresci assim tanto? Para quê?
Para deixar de acreditar em mim? (Talvez...)

E por muito que corra, diga, pense ou queira esconder...
Nada... mas nada... será...aquilo que eu quero...
Ser feliz...

Ass. Luis Lanção
nº4, 12ºF
Amigos... (post retirado do meu blog pessoal)


“A gente não faz amigos, reconhece-os”





(de Vinicius de Morais)


- Que saudades…!!!


- Estás bem?

- Sim, estou…


- Ficaste triste por eu não poder ir ter contigo?

- Não! E estou bem a sério.

- Não sei se acredito… não sei... precisava ver os teus olhos.

- Não, eu estou bem e fico bem…

- Ok. Está bem! ”


Mas os amigos, mesmo longe sabem quando não estamos bem…

Pôs-se a caminho (e bastante longo), e em vez de estar a fazer as imensas coisas que tinha planeado, veio ter comigo. E eu recebi – com o enorme brilho do dia e o testemunho do sol - o abraço que precisava… e mais um, e outro, e mais um…Ser amigo é dar afecto… incondicionalmente. É tocar. É abraçar. Porque amizade é amor – que o tempo ou a distância não apaga.
A estes amigos, os verdadeiros (poucos, mas muito muito bons) com quem aprendi e aprendo tanto… aqueles com quem brinco, com quem riu, com quem fico em silêncio… aqueles que me completam, que dão a paz que preciso - deixo o meu abraço de afecto.




Afinal, os amigos são das coisas mais importantes da vida…!



(contente por não terem acreditado em mim!)


Catarina Alves

12ºE

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Sinto-me vazio...

As vezes sinto-me vazio,
não de alegrias, nem de tristezas,
somente vazio...
Num lugar irreconhecível,
um lugar fora de mim
frio, impensável, insensível...



Zuka 12ºD

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quem sou eu? Quem somos nós?


"...Cada momento mudei.
Continuamente me estranho..."

Fernando Pessoa in "Não Sei Quantas Almas Tenho" - (excerto)
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Ignorando o facto de Fernando Pessoa provavelmente sofrer de esquizofrenia com tendência para múltiplas personalidades, pensemos então no que nos é transmitido.
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Como todos sabemos de antemão, Fernando Pessoa passou a sua vida tentando encontrar-se, tentando perceber quem ele era. Para isso foi-se dividindo em múltiplas personalidades, que hoje podem ser contabilizadas em mais de 70. E será que com isso ele alguma vez se encontrou? Será que alguma vez descobriu quem era através da sua contínua "divisão de alma"? Bem, pelo que nos é transmitido neste poema, podemos concluir que não... Fernando Pessoa nunca se encontrou. E baseou portanto a sua vida, numa demanda que aparentemente se mostrou impossível de concluir, impossível de terminar.
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Agora, transpondo um pouco de "Pessoa" para nós, as "Pessoas" que o estudamos, pensemos então: será a sua busca única? Será ela ridícula? Identificar-nos-emos nós com Pessoa que constantemente se tenta encontrar?
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Bem, na verdade, não é única a sua busca. Talvez seja muito característica de Pessoa a intensidade e importância que lhe é atribuída, mas não teremos nós todos um pouco desta curiosidade? Um pouco deste desejo de saber quem somos?
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A verdade é que, ainda que quase nunca pensemos nisso, certamente já todos se interrogaram quem são, ou o que fazem neste mundo. Com toda a certeza que já nos deparámos com esta questão aparentemente simples na sua génese, mas horrivelmente complexa de responder.
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E é pois disto que quero falar, e é neste ponto que ligo a nossa busca pessoal pela identidade ao excerto que apresentei: Fernando Pessoa nunca se encontrou, e nós? Alguma vez nos encontraremos? Alguma vez poderemos dizer com toda a convicção que sabemos quem somos?
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Do meu ponto de vista, tal tarefa é interminável. Digna de Sísifo ou de qualquer outro herói mitológico. Uma tarefa deveras absurda, pois toda a vida podemos procurar, apenas para nos depararmos com um novo "eu", uma nova alma, que muda constantemente. E porquê? Pois cada momento que passa, cada experiência que vivemos muda-nos um pouco. A vida é pois um longo caminho de aprendizagem, no qual estamos sempre a absorver novas informações...
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E é pois um pouco isso que é dito por Fernando Pessoa. Em cada momento por ele vivido sentia-se diferente, sentia-se outro, sentia-se cada vez mais distante de uma resposta à sua pergunta. E se nós também sentimos isso porque continuamos então a procurar a nossa identidade? Se sabemos que não a encontraremos porque buscamos algo que não encontraremos? Porque o ser humano é assim mesmo. Não descansa enquanto não vê as suas questões respondidas, e isso é o que nos mantém vivos, a constante busca por algo, pois no dia em que soubermos tudo, a vida perderá o interesse.........
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O que acham? A busca também se verifica em nós? Será ela inútil? Ou apesar da sua inutilidade ela é inerente à nossa existência? Estaremos nós em constante mudança? Dêem a vossa opinião...
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CB 12ºB

O AMOR


Fernando Pessoa dizia que «TODAS AS CARTAS DE AMOR SÃO RIDÍCULAS». Ridículo será, certamente! O amor é realmente ridículo, pois passamos a acreditar incondicionalmente numa pessoa! Simplesmente acreditamos... porque a amamos.

O amor é ridículo, porque todos os valores que tinhamos em mente, talvez... desapareçam... sejam ultrapassados, porque simplesmente gostamos de fazer alguém feliz,
O amor é ridículo, pois quando vamos juntos na rua dizemos aquelas palavras ridículas... e dizemo-las porque estamos apaixonados, sem sequer nos importarmos com quem olha e se ri do ridículo da nossa figura.

O amor e ridículo, pois sabemos que no amor existe dor, mas mesmo assim insistimos em sofrer... que ridículo!

Poderia falar sobre o ridículo... e gastar as palavras todas, mas depois de muito pensar... creio que ridículo é não amar ninguém e saber que não fazemos ninguém feliz.

Ridículo é viver o presente sempre a pensar no passado.
Viver agarrado a um erro do passado não nos leva a lado nenhum, por isso vive a vida e desfruta da companhia daqueles que te amam e daqueles que gostas de ver feliz....

Porque... simplesmente eu não tenho vergonha de dizer sou ridícula.
Amo muita gente e sou feliz a amar aqueles que gostam de me fazer feliz.

Por isso... AMEM e sejam bastante ridículos...=D

12ºD Patricia vieira

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

****Quando se fecha uma porta abre-se uma janela mas,,,****



Há muito que ganho coragem para colocar aqui algo da minha autoria...
Aqui vai....




"A porta está fechada!

No entanto, abriste-me uma janela... fiquei com esperança...

Não vi, porém, que a janela era demasiado pequena para eu entrar!

A paixão cega-me.

E o teu medo de arriscar debilita-me e torna-me incapaz de agir...

Queres espaço,

Tempo,

Não me queres ver...

Eu sei que não me queres magoar...

Mas ainda tens mais medo de sair tu magoado!

Mas Tudo Bem!

Eu já devia ter juizo...

Já devia saber que «não dava...»

Queria tentar...

Tu não deixas!

Porquê?

Eu Adoro-te, não vês isso?!

Não quero magoar-te!





AdOrO o TeU sOrRiSo

E nÃo SuPoRtO a IdEiA dE tÃo DePrEsSa NãO o VeR!"






E é assim que termino o meu contributo... a minha escrita...

É aqui que termino o meu desabafo...


Nunca deixando de sorrir....




Assim me despeço...


«Beijoquitas» a todos...





lost.glance

Tu

Tu és o fogo que minhas veias incendeia,
A luz que meus passos ilumina,
Seduz e alucina
Meu doce perigo.
És como uma canção,
Ao vento, imaginária,
Dissipando a solidão.
Como uma cascata de águas cálidas,
Seguindo seu curso lentamente.
És o meu fruto proibido,
O jardim onde não posso entrar,
És o meu sonho escondido,
Que a realidade vai mostrar.


És o meu pecado favorito...



Nuno Giro, nº 10 - 12º E

domingo, 21 de outubro de 2007

Poema Tristeza

Não sabia o que escrever para este blog enriquecer...
Então pensei, nada há a melhorar, todos escrevem aqui o que querem mostrar...
O que de bom têm, sentindo-o ou não...
O que de bom têm no seu coração.

Ontem, já tarde era...
Como uma luz pediram-me que escrevesse o que sentira...
Assim o fiz...
Apesar de o seu tema não ser muito feliz...
Para todos vocês, o fazer, quis.


Com este pensamento escrevi este poema...


...Poema Tristeza


E a tristeza que eu sinto
E a tristeza que me rodeia
Tudo é mostrado, já o tenho dito
Parece que o mundo me obsequeia.


Se eu vivo, fico triste
Todos teimam em falar de mim
Já não sei o que sinto,
De que lado ficar.
Quero fugir de tudo isto.


Tento chorar e não consigo
É tão frustrante o passado
Que nos leva ao presente
As memórias que deveríamos ter mudado.


Ai estes momentos que doem
Tocam-me as vozes que se exaltam
E o coração me corroem
Deus só te peço que se calem.


Muito é o esforço que todos fazem
Viver neste Mundo é difícil
Uns choram, outros gritam…Aflijo-me,
Não sei como ajudar
Tudo cai, nada seguro…
É o medo de falhar.


A solidão perturba-me
Mas mais me perturba quem eu gosto
Que posso vir a perder, não aguento.
Pensar nisso é proibido.
São eles o meu alento.


Deixam-me assim, é verdade
Desaparecer não é solução
Há que procurar um caminho
Mas é tão grande a tentação.



Talvez o problema seja nascer,
Talvez o problema seja tentar viver,
Ou o problema é pensar.
Devera-se tudo ouvir sem protestar?


Não quero ter pensamentos,
Não quero ter sonhos,
Todos me levam ao pensar,
Pensar que seria possível
Eu alguns concretizar.


E assim me movo,
Penso e ajo com o coração,
Esse é o pior dos meus erros,
Choro sem razão.
Quem me atinge sempre lidera,
É o órgão com mais medos,
Mover-me assim não queria,
Não comando os sentimentos.


Nunca pedi mais do que o que tenho,
Fui nascendo e crescendo,
Até isso me invejam.
Tudo vira do avesso…
Recomeço…
Os dias me esperam.


Contudo, ganho força sem saber
Armazeno-a num lugar seguro
Mais momentos como este viverei…
Vou-a buscar…
É com ela que me curo.


Tudo se há-de resolver,
É o Português a falar.
Se não fosse o futuro,
Nada poderíamos imaginar.

Nem este poema EU BELARDO vos mostrar.

12ºB

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Fernando Pessoa (S) – Múltiplos




“Construí-lhes as idades e as vidas”


O que levou F. Pessoa a criar (tantos) heterónimos …?

Os heterónimos seriam a resposta a uma necessidade de expressar a multiplicidade contraditória e dominadora de sentimentos/ideias e ideias/sentimentos, várias subjectividades.
Fernando Pessoa numa carta ao seu amigo Adolfo Casais Monteiro explica essas razões, como foram criadas os seus heterónimos, e chegando mesmo a fazer uma descrição completa das “pessoas” criadas.
Fernando Pessoa refere nessa carta inicialmente que a génese dos heterónimos era devido a uma anormalidade histérico-neurástica do seu psiquismo que facilitava a despersonalização e o “disfarce”.

Conta que Alberto Caeiro surge por “pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular o que iria escrever”, Ricardo Reis “depois de uma deliberação abstracta, que subitamente se concretiza numa ode”, Álvaro de Campos “quando sinto um súbito impulso para escrever e não sei o quê”. “O meu semi-heterónimo Bernardo Soares, aparece sempre que estou cansado ou sonolento, de sorte que tenha um pouco suspensas as qualidades de raciocínio e de inibição; ”.


Deixo-vos um excerto dessa carta…

“Carta a Adolfo Casais Monteiro

Lisboa, 13 de Janeiro de 1935

Passo agora a responder à sua pergunta sobre a génese dos meus heterónimos. Vou ver se consigo responder-lhe completamente.
Começo pela parte psiquiátrica. A origem dos meus heterónimos é o fundo traço de histeria que existe em mim. Não sei se sou simplesmente histérico, se sou, mais propriamente, um histero-neurasténico (…) porque há em mim fenómenos de abulia que a histeria, propriamente dita, não enquadra no registo dos seus sintomas. Seja como for, a origem mental dos meus heterónimos está na minha tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação. Estes fenómenos - felizmente para mim e para os outros - mentalizaram-se em mim; quero dizer, não se manifestam na minha vida prática, exterior e de contacto com outros; fazem explosão para dentro e vivo-os eu a sós comigo. (…) Mas sou homem - e nos homens a histeria assume principalmente aspectos mentais; assim tudo acaba em silêncio e poesia…

(…) Começo por aqueles que morreram, e de alguns dos quais já me não lembro - os que jazem perdidos no passado remoto da minha infância quase esquecida.

Desde criança tive a tendência para criar em meu torno um mundo fictício, de me cercar de amigos e conhecidos que nunca existiram. (Não sei, bem entendido, se realmente não existiram, ou se sou eu que não existo. Nestas cousas, como em todas, não devemos ser dogmáticos.) Desde que me conheço como sendo aquilo a que chamo eu, me lembro de precisar mentalmente, em figura, movimentos, carácter e história, várias figuras irreais que eram para mim tão visíveis e minhas como as cousas daquilo a que chamamos, porventura abusivamente, a vida real. Esta tendência, que me vem desde que me lembro de ser um eu, tem-me acompanhado sempre, mudando um pouco o tipo de música com que me encanta, mas não alterando nunca a sua maneira de encantar.

Lembro, assim, o que me parece ter sido o meu primeiro heterónimo, ou, antes, o meu primeiro conhecido inexistente - um certo Chevalier de Pas dos meus seis anos, por quem escrevia cartas dele a mim mesmo, e cuja figura, não inteiramente vaga, ainda conquista aquela parte da minha afeição que confina com a saudade. (…)

Esta tendência para criar em torno de mim um outro mundo, igual a este mas com outra gente, nunca me saiu da imaginação. Teve várias fases, entre as quais esta, sucedida já em maioridade. Ocorria-me um dito de espírito, absolutamente alheio, por um motivo ou outro, a quem eu sou, ou a quem suponho que sou. Dizia-o, imediatamente, espontaneamente, como sendo de certo amigo meu, cujo nome inventava, cuja história acrescentava, e cuja figura - cara, estatura, traje e gesto - imediatamente eu via diante de mim. E assim arranjei, e propaguei, vários amigos e conhecidos que nunca existiram, mas que ainda hoje, a perto de trinta anos de distância, oiço, sinto, vejo. Repito: oiço, sinto, vejo… E tenho saudades deles.

Catarina Alves

12ºE



O meu coração quebrou-se
Como um bocado de vidro
Quis viver e enganou-se...
.
Fernando Pessoa







Entre mim e a vida há um vidro ténue. Por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não Ihe posso tocar.

(...) Tudo se me evapora. A minha vida inteira, as minhas recordações, a minha imaginação e o que contém, a minha personalidade, tudo se me evapora. Continuamente sinto que fui outro, que senti outro, que pensei outro. Aquilo a que assisto é um espectáculo com outro cenário. E aquilo a que assisto sou eu.

Talvez porque eu pense de mais ou sonhe de mais, o certo é que não distingo entre a realidade que existe e o sonho, que é a realidade que não existe. E assim intercalo nas minhas meditações do céu e da terra coisas que não brilham de sol ou se pisam com pés - maravilhas fluidas da imaginação.

(...) Não há problema senão o da realidade, e esse é insolúvel e vivo. Que sei eu da diferença entre uma árvore e um sonho? Posso tocar na árvore; sei que tenho o sonho. Que é isto, na sua verdade?

Meu Deus, meu Deus, a quem assisto? Quantos sou? Quem é eu? O que é este intervalo que há entre mim e mim?


FERNANDO PESSOA, O Livro Do Desassossego De Bernardo Soares

(Fragmentos)



«Tinha 30 anos, alto, curvado ao sentar-se, algum desleixo no vestir. Cara pálida, com sofrimento diluído. Era ajudante de guarda-livros em Lisboa e frequentava os restaurantes da Baixa, nas sobrelojas, onde encontrou Pessoa falando-lhe da sua admiração pela revista Orpheu. Fumava. Tinha um especial interesse em observar aqueles que o rodeavam. Levava uma vida suave, de afastamento, de entrega ao sonho. O Livro do Desassossego não é dele, mas é ele próprio.»

Do 'Prefácio', O Livro do Desassossego
CC

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Luz

Imagem :LAnçÃo

Eu sou inconstante... volúvel...
E felizmente sou assim...

E quis fazer algo que já tinha em mente...

Dedicar um post a tudo e todos aqueles que me são importantes.

Esta montagem representa tudo o que são para mim, são luz...
Para todos os meus amigos de A a Zê.
Luis Lanção, nº4 12 F

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A DOR DE PENSAR




Para se ser feliz é preciso saber-se que se é feliz. Não há felicidade em dormir sem sonhos, senão somente em se despertar sabendo que se dormiu sem sonhos. A felicidade está fora da felicidade.

Não há felicidade senão com conhecimento. Mas o conhecimento da felicidade é infeliz; porque conhecer-se feliz é conhecer-se passando pela felicidade, e tendo, logo já, que deixá-la atrás. Saber é matar, na felicidade como em tudo. Não saber, porém, é não existir.

Mesmo eu, o que sonha tanto, tenho intervalos em que o sonho me foge. Então as coisas aparecem-me nítidas. Esvai-se a névoa de que me cerco. E todas as arestas visíveis ferem a carne da minha alma. Todas as durezas olhadas me magoam o conhecê-las durezas. Todos os pesos visíveis de objectos me pesam por a alma dentro.




FERNANDO PESSOA, O Livro Do Desassossego de Bernardo Soares

(fragmentos)
CC

sábado, 13 de outubro de 2007


Já há muito tempo que queria publicar -partilhar- qualquer coisa, mas não sabia o quê. Então, de repente, decidi colocar aqui este poema... espero que gostem!


Viajar! Perder países!

Viajar! Perder países!

Ser outro constantemente,

Por a alma não ter raízes

De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!

Ir em frente, ir a seguir

A ausência de ter um fim,

E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.

Mas faço-o sem ter de meu

Mais que o sonho da passagem.

O resto é só terra e céu.

Fernando Pessoa

Ana C. 12ºF

Quando estou contigo...

Quando estou contigo o tempo pára,
É um momento de beleza rara.
O meu corpo toca no teu…
E os teus olhos fixam-se nos meus…

Tu levas-me para outra realidade,
Um reino encantado onde quem reina é a verdade.

O teu toque, arrepia.
O teu cheiro, contagia.

A noite torna-se dia,
Baixas os estores e corres as cortinas.

O ambiente perfeito para uma nova aventura…
Que dura, perdura pelo dia fora…




@(,")@ BP @(",)@

Medo...

(Para a pessoa que escreveu o post "Medo"… para mim… para todos nós…)

Podemos ter medo da escuridão, das sombras… do dia seguinte, do que acontecerá no futuro… medo que nos perdermos, de nos encontramos... medo de ganhar, medo de perder. Medo da morte… do antes dela, ou do depois…

Medo de ter medo...




“ Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto pois cada vez que fazia prisioneiros, não os matava. Levava-os para uma sala, que tinha um grupo de arqueiros num canto e uma imensa porta de ferro do outro, a qual tinha gravadas figuras de caveiras cobertas de sangue.
Nesta sala ele fazia com que ficassem em círculo, e então dizia-lhes:


- Podem escolher entre morrer atingidos pelas flechas dos meus arqueiros ou passarem por aquela porta e serem lá trancados por mim.

Todos os que por ali passaram escolhiam serem mortos pelos arqueiros.Ao término da guerra, um soldado que servira o rei por muito tempo, disse-lhe:

- Senhor, posso fazer uma pergunta?

- Diga soldado.

- O que havia atrás da porta assustadora?

- Vá lá e veja!

O soldado abre vagarosamente a porta, e percebe que à medida que o faz, raios de sol vão entrando pela sala, iluminando-a. Ao abrir a porta por completo nota que esta levava a um caminho que conduziria à liberdade.

O soldado admirado olha apenas para o seu rei, que lhe diz:

- Eu dava-lhes a escolha, mas eles preferiam morrer a arriscar abrir esta porta! ".

***

Quantas portas deixamos de abrir com medo de arriscar?

Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos por dentro, apenas porque sentimos medo de abrir a porta dos nossos sonhos?

Catarina Alves -12ºE

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

PESSOAS E AFECTOS

CC
ENCOSTA-TE A MIM...








Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.

Chegado da guerra,
fiz tudo p'ra sobreviver
em nome da terra,
no fundo p'ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei,
às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim,
deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba
que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada,
seja como for.

Eu venho do nada
porque arrasei o que não quis
em nome da estrada,
onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim,
vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba,
quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei,

às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,

encosta-te a mim.

Jorge Palma

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

MEDO... (post temporário)

No fundo, tenho medo. Medo de te voltar a ver. Medo de que as minhas mãos voltem a ser mãos outra vez e disparem dos pulsos para te despentear o cabelo e apertar-te os nós dos dedos, entalando-te as falanges como se fosses criança a quem cuidasse de atravessar a rua. Medo de que o meu corpo se lembre da fome que te teve e se queixe ruidosamente, como um estômago vazio; de que me dês água na boca e que de deserto árido passes a fonte de trevas com neptunos sumptuosos e fundos forrados a desejos. Medo de pensar que não te vejo desde... há tanto tempo... e de por isso te rever, saudosa, achando que nunca nos fomos e que ainda nos damos as mãos, algures por Paris. Medo de, afinal, te ter esquecido em vão e de que nos encontremos de novo a meio de inocuidades gentis, amorosamente gentis; e de que tenhamos, inesperadamente, muito cuidado com os gestos, como se contornássemos vidros partidos ou fios descarnados. Medo de dar com os teus olhos e de neles mergulhar de cabeça, de engolir pirulitos, nadar-te e por ti ficar, num boiar infinito. No fundo, tenho medo de que a mera possibilidade da tua presença me diminua a graça dos dias. Por isso me quedo.


...

Hoje...


Hoje... senti-me alegre ao observar, através da janela,
uma criança e um velho,
que se divertiam observado as nuvens.
Nuvens que não consigo ver, e jamais conseguirei!

Pois são tantas as sombras que me rodeiam,
aprisionando-me numa escura e fria cela,
onde não consigo sentir as pequenas alegrias.
Observando-as, apenas, nas outras pessoas.
E é através destas pessoas que consigo sentir
breves momentos de alegria que se mantêm aprisionados,

numa fraca e débil pessoa...
que há muito deixou de existir dentro de mim.

ZuKa 12ºD

Fighter- Cristina Aguillera

Eu sei que o vídeo está em inglês...

Só que amei a música e o videoclip está demais (está lindo!) e pronto(s)... decidi partilhá-lo...

Porque afinal representa aquilo que todos somos: "Figthers" (Lutadores).

Luís LAnção nº4 12ºF

(Atenção: antes de visionar o 'clip', colocar em pausa o som de fundo do blog)

Obrigada





Obrigada a todas as pessoas que me ajudaram neste momento dificil, mas... há coisas que colocamos na nossa memória e que, por mais que queiramos esquecer, esta traz de novo a dor que queria apagar. Aquele sentimento que diz que tenho culpa, aquele que me faz pensar e questionar sobre o porquê de isto me ter acontecido??
Não encontro a resposta por mais que a queira encontrar...
Às vezes temos um sorriso na cara, mas este existe simplesmente para não deixarmos transparecer e contagiar os que nos rodeiam com a nossa tristeza. Aquela dor que nos 'mói', aquela que vai ficar no nosso coração para sempre...
Aquela dor que nos faz aproximar das pessoas que amamos e que nos amam, aquelas a quem agradeço, por tudo, mas tudo mesmo.
OBRIGADA CC, que mesmo nem sempre falando sobre as nossas dores... dá-nos apoio, 'adivinhando' quando não estamos bem...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Fotografias de Fernando Pessoa




D~D
12ºB

Confissões...

''Ser ou não ser
Eis a questão?"
Mas para quê ser,
se por vezes vivemos em vão!

O ser representa a vida
de cada individuo ou pessoa
Vida que decorre,
dia após dia..
Sem dar tempo ao tempo..

Tudo o que fazemos tem um certo sentido
Tudo o que representamos
Será um dia redigido
Para aqueles que irão viver
o que nós vivemos
possam aprender,
com os erros que cometemos..

"Acreditar é viver"
Mas para quê acreditar?
Se um dia vamos morrer..
Para quê toda esta motivação?!
Se um dia.. toda esta vida,
Será apenas uma recordação..

Aquilo que fazemos,
tem um certo sentido..
Representar tudo..
tudo o que tenhamos vivido..

Confesso à vida,
e a tudo o que ela representa,
Bom ou mau..
Nem tudo é o que aparenta.

Podemos fazer
o que temos de fazer..
Para esta nossa vida,
tão preciosa viver..
Mas não podemos esquecer,
que por mais que tentemos,
tudo o que fazemos..
Fará alguém sofrer..

Nem tudo é belo ou fácil,
nisso podemos acreditar..
Tudo o que queremos,
dia após dia..
Teremos de lutar..

A vida é esta,
pelo menos é o que me faz perceber..
Tudo o que faço,
tento entender..
Se tem algum sentido..
Para que um dia recorde..
E eu possa dizer...
Que tudo o que o passado é dono
mereceu ser vivido..

Não sou poeta
Nem o quero ser..
mas ja dei a perceber,
que parte das minhas rimas
terminam em "er"

Sou um breve aprendiz,
escrevo por alguma razão..
espero não ter sido em vão...
Pois tudo o que escrevi,
terá sempre algum sentido...
para mim..

Confissões à vida
num dia que queria
que fosse especial...

09.10.07


Ivo Duarte
12º E

QUALIDADE / QUANTIDADE (ATENÇÃO!!!)





O projecto de partilhar um blog envolve-nos a todos!


TODOS somos responsáveis pela postagem, pelos comentários...


No entanto, não vamos confundir qualidade com quantidade. E, muito menos, 'post' com 'chat'! (Relativamente aos comentários... há maior liberdade, evidentemente!)


Tudo o que assinamos deve ser um espelho de nós...


Façamo-lo bem! Para que este blog seja motivo de orgulho para TODOS!


Comecei por corrigir pequenas incorrecções que detectava nos «posts». Posteriormente fi-lo a verde (cor simpática!). Porém, creio que a vossa idade e ano de frequência de ensino exigem que, a nível da Língua Materna, se saiba respeitar o Código Escrito (ortografia, acentuação, pontuação, coesão...).


Por isso, a partir de agora, após a leitura do «post», quando este apresentar graves e repetidas incorrecções, alertarei para a necessidade da sua correcção, sendo colocado em 'rascunho' até o/a autor/a o ter corrigido.


Se o contributo de cada um é fundamental (cada 'gota' que se junta a outra faz a diferença...)... também é importante que se tenha a percepção de que a escrita de um texto no blog... sem a necessária preocupação com a 'qualidade' (conteúdo e forma) vai afectar o contributo dos outros, o TODO que é este projecto!

AGRADECIMENTO:

Agradeço ao Tomé -12ºB- a colocação no blog desta canção excepcional!


A prof.


Conceição Castro


Pura diversão!


(O desenho é de Almada Negreiros)


Todo o momento
Disperso num espaço vazio
Mas repleto de sentimentos
Está mais cheio que o nada
E diz mais que todas as mais belas palavras
Ditas por uma boca perfeita
E tocadas pelo melhor aroma
Que preenche todo aquele mesmo espaço
Que está cheio de Nada!!!



Um momento de ponderação,
Sentido com emoção! xD



(Às vezes apetece-me brincar... apenas! Lol )



12ºD *

Falas de Civilização...

Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!


Alberto Caeiro


Anderson 12ºD nº5

Quero tudo o que nunca foi

Um dia... serei.
Hoje sou.
E todos os dias desejo ser ainda mais.

Procuro. Descanso. Conquisto.

Não me deixo cair em terra, nem quero.
Vivo para viver e nunca deixar de ser.
Sou eu(s) apenas.

E tudo o que me revolta aqui dentro.
Quer sair!
Mas eu não deixo.

Vou deixando-me consumir a mim mesmo.
Vou bem fundo.
Procuro.

Quero que tudo volte a ser o que nunca foi.
O presente revolta-me.

Grito ao vento,
e ele passa-me ao lado,
olha para mim com um ar de desdém.
Ele não quer saber... não se importa...
Nem ele nem o mundo.
E às vezes nem eu...
Descanso.

Sento-me.
E não sinto nada daquilo que já senti.
Quis sentir a vitória, a glória... quis sentir, apenas...
Sentir...

Mas nada quis voltar...
Afinal, eu mudei...
Cresci? Isso não sei.
Mudei apenas..
E tu também.
Conquisto.

Sou rei... de mim mesmo.


Luis LAnção, nº4 12ºF