sexta-feira, 14 de março de 2008

FELIZMENTE HÁ LUAR!






“Felizmente há Luar” é hoje um clássico da literatura dramática portuguesa. Com esta peça e o “Render dos heróis” de José Cardoso Pires dá-se início a uma corrente de teatro narrativo de influência Brechtiana que na segunda metade do século XX veio a ter seguidores em Portugal, entre os quais se contam Romeu Correia, Bernardo Santareno, Fernando Luso Soares, Helder Costa, etc.

A partir da obra de Raul Brandão “Vida e Morte de Gomes Freire” Luis de Sttau Monteiro mostra-nos o reino de Portugal sob o domínio dos ingleses que ocuparam o país no seguimento da vitória sobre as invasões francesas. A ditadura de William Beresford, o “aliado” ocupante, serve a Sttau Monteiro para mostrar os mecanismos de denúncia e traição que os regimes ditatoriais sempre fomentam e assim aproximar aquele período do século XIX da ditadura de Salazar sob a qual viveu.
A obra escrita em 1961 aproxima Gomes Freire de Andrade de Humberto Delgado, candidato da oposição a Salazar, que como o primeiro acaba assassinado pelo regime a que se opôs.

A peça faz assim, tal como o teatro fez sempre, uma transposição de tempos. Mostra-se o que se passou para que todos compreendamos melhor o que se passa. Assim fizeram os trágicos gregos indo buscar matéria à Guerra de Tróia e ao ciclo Tebano, assim fez Shakespeare indo estudar as crónicas dos antigos reis, assim fez Kleist, Victor Hugo, assim fez Brecht, Heiner Müller, etc, etc.

No início, a peça mostra-nos o ambiente que precede a revolta que, a triunfar, trará de volta o rei D. João VI a Portugal e promulgará uma monarquia constitucional. Intrigas, denúncias, mas também o povo esperançado a avançar na sua luta. O ritmo é rápido, através do qual são apresentados os vários grupos sociais que estão em jogo e termina com a prisão de Gomes Freire de Andrade.
Segue-se o desânimo geral devido à prisão do General. Tal como no tempo de Salazar a polícia actua sobre os civis evitando que a revolta se propague. Matilde, a mulher de Gomes Freire de Andrade, (interpretada no espectáculo por Maria do Céu Guerra) personagem que embora tendo existido realmente, é na peça romantizada e enfatizada pelo autor que lhe confere o papel da corajosa protagonista que tudo arrisca para salvar o “seu herói” com quem partilhou amor, vida e convicções durante muitos anos. O ritmo deste acto é mais lento, mais trágico, mais belo. Tudo caminha para a fatalidade. O herói será sacrificado. No fim só nos resta esperar que o heroísmo do grande patriota dê frutos e exemplo na resistência à tirania.
No silêncio o povo avança…

Maria do Céu Guerra


O Intelectual e o seu Tempo

Há peças que marcam uma época. É o caso de “Felizmente há luar!” de Luís de Sttau Monteiro.
Foi escrita nos anos de brasa que foram o início dos anos 60 e no rescaldo da burla eleitoral que entronizou o medíocre marinheiro Américo Tomás no posto de Presidente da República roubando ao povo português a sua indiscutível escolha, o general Humberto Delgado.
A peça foi publicada e alcançou grande êxito, aliás previsível, dado o paralelismo entre a perseguição ao general Gomes Freire de Andrade e ao general que tinha entusiasmado o país anunciando que “Obviamente” iria demitir o Presidente do Conselho se fosse eleito.
Claro que a Censura proibiu a sua exibição e o autor passou a sofrer o anátema de ser anti-regime, venerado, atento e obrigado.
A resposta de Sttau Monteiro foi clara e sem equívocos. Não perdeu a arma que era a sua pena e não abrandou a luta nem a coragem.
E, por isso, teve a normal resposta do ditador Salazar: perseguições e prisão.
É bom lembrar a acção exemplar deste género de intelectuais, hoje espécime raro em Portugal e no mundo dito civilizado.
Na linha de Zola, Romain Roland, Stefan Zweig e tantos outros, era um intelectual comprometido com o seu tempo.

Helder Costa


Pode consultar aqui o guião pedagógico do espectáculo feito em parceria com o Ministério da Educação

Ficha Artística e Técnica
Texto Luis de Sttau Monteiro
Encenação: Helder Costa
Elenco: Maria do Céu Guerra, Jorge Gomes Ribeiro, Luis Thomar, Pedro Borges, Rita Fernandes, Ruben Garcia, Sérgio Moras, Sérgio Moura Afonso, Susana Costa

Figurinos: Maria do Céu Guerra
Adereços: Luís Thomar
Luminotecnia: Fernando Belo
Sonoplastia: Rui Mamede
Apoio Técnico: José Carlos Pontes
Relações Públicas e Produção: Elsa Lourenço
Secretariado: Maria Navarro
Costureira: Inna Siryk
Montagem: Mário Dias
Bilheteira: Sandra Filipe, Hugo Quinta
Cartaz: Rita Lello, Elsa Lourenço
Fotografias: Tânia Araújo / MEF
Fotografia Cartaz: Uwe R. Zimmer

sábado, 8 de março de 2008

unicamente especial

Hoje decidi escrever para aqueles que simplesmente marcaram a minha vida, de uma maneira inexplicável, aqueles que por algum motivo me fazem sentir feliz, única importante .

Posso estar no sitio mais escuro, frio, assustador , mas tudo muda desde o momento que vos encontro aqueles espaço assustador torna-se num lugar lindo e iluminado.

Pois as pessoas é que fazem os lugares, não são os lugares que fazem as pessoas.

Obrigado por existirem na minha vida…

para:

Meu amor

sara
natacha

Joana

Patrícia

Rinas

Bilauzinho

Florirasca :D

Nemo

David

Nelson

Samuu

Teixeira

bernado

By: patrícia vieira 12º D

sexta-feira, 7 de março de 2008

Eterna Saudade

Fui para uma café, estava sozinha, a pensar na vida, a pensar naquilo em que me tornei, a pensar em quanto mudei. E de novo surgiram à minha memória aquelas imagens guardadas... todas as caricias, todos os momentos, para mim grnadiosos, para ti insignificantes!
Mas ainda assim, Sorrio, ainda que a minha alma chore. Sorrio, ainda que me despreses. Sorrio, ainda que uma lágrima corra pelo meu rosto. Sorrio Por ter sido tão Feliz....
Não te guardo rancor, não tenho raiva, nem um pouco de ódio, guardo sim cada palavra, cada beijo, cada momento... em mim sempre eternos!
Podes pensar que com tudo isto estou feliz! Não! Mas também não estou desolada.
Estou Feliz por ter sido digna do teu respeito, e triste por não ter sido digna do teu amor...
E assim termino mais um desabafo não com tristeza... mas apenas com uma saudade imensa...



Catz 12ºE Nº2
" A palavra certa, na hora certa ! "
Verdade - A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida.
(Eduardo Girão)
Adversidade - O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas. (Willian George Ward)
Alegria - As pessoas são solitárias porque constroem paredes em vez de pontes.
(Joseph F. Newton)
Amor- Apesar de raramente termos consciência disso, não há dúvida de que a necessidade mais profunda do ser humano é dar-se.
(Jacques Philippe)

Sabedoria - A prova mais clara de sabedoria é uma alegria constante.
(Michel de la Montaigne)
Amizade - Uma das alegrias da amizade é saber em quem confiar.
(Alejandro Manzoni)
Consciencia - A necessidade cada vez mais aguda de ruído só se explica pela necessidade de sufocar alguma coisa.(K. Lorenz)
Coragem - Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo.
(Mark Twain)
Erro - O êxito consiste em aprender a ir de fracasso em fracasso sem cair no desespero.(Winston Churchill)
Esperança - Entre um Sim que nos deixa felizes , e um Não que nos deixa tristes , existe sempre um talvez que nos deixa ter esperanças .
- O homem está sempre disposto a negar aquilo que não compreende.
(Luigi Pirandello)
Justiça - Faz o que for justo. O resto virá por si só.(Goethe)
Morte - Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada. (Fernando Pessoa)
Liberdade - Prefiro morrer de pé a viver sempre ajoelhado.(Ernesto "Che" Guevara)
Personalidade - Podemos converter alguém pelo que somos, nunca pelo que dizemos.(H. Rohden)
Sentimentos - O coração tem razões que a razão desconhece.(Pascal)
Virtude - O desgosto e a alegria dependem mais do que somos do que daquilo que nos acontece.
(Multatuli)
Joana Barradas 12ºE Nº6

quarta-feira, 5 de março de 2008

Caminhada

Sei que na minha caminhada tenho um destino, uma direcção, por isso tenho que calcular os meus passos, prestar atenção ao que faço e o que fazem os que por mim passam ou pelos quais eu passo...
Que eu não me iluda com o ânimo e o vigor dos primeiros passos, porque chegará o dia em que os pés não terão tanta força e ficarão feridos no caminho e se cansarão mais cedo...

Todavia, quando houver cansaço, que eu não desespere e acredite que ainda terei forças para continuar, principalmente quando houver quem me auxilie...
É oportuno que, nos meus sorrisos, eu me lembre de que existem os que choram, que, assim, a minha gargalhada não ofenda a mágoa dos que sofrem: por outro lado, quando chegar a minha vez de chorar, que eu não me deixe dominar pela desesperança, mas que eu entenda o sentido do sofrimento, que me nivela, que me iguala, que torna todos os homens iguais...

Quando eu tiver tudo, comida e coragem, água no cantil, e ânimo no coração, bota nos pés e chapéu na cabeça, e, assim, não temer o vento e o frio, a chuva e o tempo. Que eu não me considere melhor do que aqueles que ficarão atrás, porque pode vir o dia em que não terei mais nada para a minha jornada e aqueles, que ultrapassei na caminhada, me alcançarão e também poderão fazer como eu fiz e não fazerem nada por mim, que ficarei no caminho sem sequer chegar ao final, ao meu objectivo...

Quando o dia brilhar, que eu tenha vontade de ver a noite em que a caminhada será mais fácil e mais amena; quando for de noite, porém e a escuridão tornar mais difícil a minha caminhada, que eu saiba esperar pelo nascer do dia, e receber o calor como uma bênção... Que eu perceba que a caminhar sozinho pode ser mais rápido, mas terei uma caminhada solitária...

Quando eu tiver sede, que encontre a fonte pelo caminho, quando eu me perder, que encontre a indicação, a seta, a minha direcção... Que eu não siga os que se desviam, mas que ninguém se desvie seguindo os meus passos... Que a pressa em chegar não me afaste da alegria de ver as flores simples que estão a beira da estrada, que eu não perturbe a caminhada de ninguém, que eu entenda que seguir faz bem, mas que, às vezes, é preciso ter coragem de voltar atrás e recomeçar e ir noutra direcção...

Que eu não caminhe sem rumo, que eu não me perca nas encruzilhadas, mas que eu não tema os que me assaltam, os que me tentam parar, mas que eu vá onde devo ir e, se eu cair no meio do caminho, que fique a lembrança que a minha queda foi para impedir que outros caiam no mesmo abismo...
Que eu chegue, sim, mas, ainda mais importante, que eu faça chegar quem me perguntar, quem me pedir conselhos, e acima de tudo, quem me seguir, confiando em mim!


Nuno, nº10, 12º E

segunda-feira, 3 de março de 2008

José Cardoso Pires




Luís Lanção, nº4, 12ºF