sábado, 29 de setembro de 2007

A Oração

A Oração
(Um post para quem é religioso e para quem não é)






Olhar o céu,
Admirar as estrelas,
Suspirar de desejo,
Venerar a beleza.



É pois, para este céu, que muitos de nós se viram, quando se sentem mal, quando precisam de ajuda, quando se sentem a desabar... E muito rezam, pedem, através da mais simples das orações, ajuda, força, protecção para continuar a viver, para os seus problemas conseguir resolver...




Mas fará esta oração diferença?
Será este momento de prece preciso?
Teremos nós ajuda se a pedirmos?
Ou estaremos apenas a iludir-nos?




Pois, para quem tem fé, esta oração é pois necessária... ela é o conforto dos tristes, a mão que ampara os necessitados, a companhia que aquece os espírito dos mais solitários... Esta oração é pois vital, é pois algo que nos inspira e dá esperança para o dia seguinte... É ela que nos momentos dificeis nos consola... Ainda que a nossa vida, continue a mesma, é pois na fé que muitos encontramos conforto para a alma... Pois ainda que a carne apodreça, a carne continua jovem, bebendo da água da fonte da juventude eterna que é a crença, a fé...



No entanto, para quem não tem fé, tudo isto parecem ser meras palavras, mero texto escrito com intenção de enganar os outros... Mas será? Serão os que acreditam tolos por acreditar, ou os que não acreditam ignorantes por não acreditarem? É pois difícil de saber... E não podemos forçar nada, nem impingir nada em ninguém... Mas não devemos também criticar os demais:




Pois sofrerão os crentes de alucinações? Ou serão os que não acreditam os cegos?


Ficam agora, duas coisas para ler e ouvir... em primeiro lugar uma oração a Maria (Nossa Senhora de Fátima), criada por mim que penso ser um bom exemplo de uma oração em que pedimos auxilio, e em segundo lugar, uma música interpretada por Andrea Bocelli e Celine Dion: "The Prayer".... desfrutem





Oração a Maria


Ó Maria, Mãe de Cristo,
Senhora da Luz das orações,
Senhora da Esperança dos doentes,
Senhora da Paz dos corações.

És refúgio dos que pecamos,
És Mãe quando sofremos,
És consolo quando choramos,
És presença quanto te queremos.

Ouve-nos,
A nós jovens,
Teus filhos e filhos de Deus,
E ajuda-nos neste momento de oração.

Por isso pedimos:

- Para pôr em prática os dons recebidos,
O Teu Auxílio, Virgem Imaculada

- Para o próximo conseguir amar,
A Tua Força, Senhora

- Para os tempos que vivemos,
A Tua Luz, Maria

- Para o futuro que nos espera,
A Tua Bênção, Ó Mãe




"The Prayer" por Andrea Bocelli e Celine Dion






Carlos Bento

12º B

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Palavras a qualquer coisa.


Se as pessoas fossem fáceis de entender, meu amor, eu dir-te-ia.
Vingança. Inveja. Interesse. Ódio.
Dão-te palavras de significados subentendidos. Dão-te o interesse enrolado em bondade, e tu meu amor, de coração ingénuo e puro agarras o veneno.
Palavras subentendidas que eu nunca entendi. Palavras. Abraços.
De abraços fazem oportunidades e... tornas-te mais uma escada para ir mais além.
Não me peças para dizer que o mundo brilha. Não.
O que brilha é a alma de pessoas como tu, que mais depressa apoiam o simpático mendigo que o emproado engenheiro.
A diferença é que o mendigo só te dá a simpatia, o engenheiro dá-te interesse, porque o dinheiro é dele.
Olha o mendigo. Se ele sorrir fica feliz, porque não verás sorriso mais puro.
Há coisas que param de crescer. A mente humana parou. Ficou como uma pequena bola azul num enorme lenço de seda preta.

Sim eu sei.
Às vezes não sinto o que me pertence.
Às vezes sinto o que não é meu.
Escrevo o que sinto e o que não sinto.
E sinto, ou não sinto, que não o sei fazer.
Afinal nunca soube. As palavras soam mal, as vírgulas pausam mal, os pontos fina(is)lizam mal.
Ainda assim escrevo. Não para parecer bem, mas para desabafar muitas coisas que me soam mal.
E escrevo sobre coisas que me soam mal, com coisas que me soam mal.


Sara Realista 12ºB

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Carta ao amor

Pediram-me para escrever uma carta de amor. Mas não o sei fazer.
Tentei escrever ao próprio amor, mas não fui capaz.
Acabei por torná-la banal. Tal como todas as outras. Lamechas. Tonta. Querida. Amorosa. Desnecessária. Como eu não gosto.

Devia ter aceitado a proposta como um desafio; ou mudá-la para que me fosse favorável. No entanto, o problema persistia. Mesmo que falasse de ódio, falava de amor. São opostos que andam de mãos dadas, quantas vezes.
Não é que não ame, não é que não seja amada. Eu gosto de amar, claro! Apenas me sinto desiludida com as pessoas que, aos primeiros contactos, vivem aos abraços e às demonstrações de carinho. O “adoro-te” e o “amo-te” são palavras comuns, escritas na areia. Detesto, Mesmo, Isso. Como é que assim podemos demonstrar o verdadeiro e puro amor? Como é que sabemos que aquela pessoa, a determinada pessoa, vive connosco? (Ah, sim! Porque ela(s) não vive(m) para ou por nós. Ela(s) vive(m) para que possamos viver com ela(s). Crescer, sentir, recordar: tudo com essa(s) pessoa(s) que a cada momento nos torna(m) melhores.)
Por isto, não me peçam para escrever ao amor, se ele vive disfarçado em palavras sem significado. Não peçam, se aqueles para quem escrevo sabem que não o faço bem.

Não sei escrever uma carta de amor. Nunca o soube fazer.
Ana Garcia, 12ºB

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

" O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO!



... se é jovem, não tem experiência
... se é velho, está superado
... se não tem carro, é um coitado
... se tem carro, chora de "barriga cheia"
... se fala em voz alta, grita
... se fala em tom normal, ninguém o ouve
... se não falta às aulas, é um tontinho
... se falta, é um "turista"
... se conversa com outros professores, está a falar
mal dos alunos
... se não conversa, é um desligado
... se dá a matéria toda, não tem dó dos alunos
... se não dá a matéria, não prepara os alunos
... se brinca com a turma, arma-se em engraçado
... se não brinca, é um chato
... se chama a atenção, é um autoritário
... se não chama, não sabe se impor
... se o teste de avaliação é longo, não dá tempo
... se o teste de avaliação é curto, tira as chances dos alunos

... se escreve muito, não explica
... se explica muito, o caderno não tem nada
... se fala correctamente, ninguém entende
... se fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário
... se o aluno é reprovado, foi perseguição
... se o aluno é aprovado, o professor facilitou.

É, o professor está sempre errado mas,
se consegues ler até aqui, agradece a ele! "

***

São homens, são mulheres... alguns lutam arduamente todos os dias "a troco de nada" para o bem-estar e uma melhor e maior aprendizagem dos seus alunos.
E muito poucas vezes têm o reconhecimento merecido...


Às vezes é preciso (re)lembrar que os professores são PESSOAS...!


***

Catarina Alves

12ºE

terça-feira, 25 de setembro de 2007

pESSOAs


Estou rodeada de pessoas que me fazem feliz...
Pessoas que simplesmente me fazem sorrir quando estou mais triste, pessoas que estão ao meu lado nos bons e nos maus momentos, que me fazem pensar «assim vale apena viver...» pois nenhum ser humano é 'alguém' sem 'pessoas' para o apoiar, pois os amigos são como um refúgio... que nos apoiam quando estamos mal, pois eles são o nosso «passe vip» quando nos queremos divertir.
Eu posso dizer com bastante alegria que estou rodeada de pessoas assim.


Pois optei por dar valor aos que merecem, por dar valor aos que são importantes, pois não há nada melhor que segurar com muita força 'aquilo' que mais amamos.




"Andar com um amigo no escuro, é melhor do que andar sozinho na luz"

Patricía Vieira 12ºD

PESSOAS




















Aquelas que nos completam, as que estão sempre connosco, as que nos fazem rir, chorar, aquelas a quem devemos tudo e ao mesmo tempo nada, aquelas que nos estendem a mão sempre que caimos (mesmo que a queda seja grande) aquelas que nos dizem o que têm a dizer na nossa frente, olhos nos olhos...
Aquelas que por mais que o nosso caminho seja escuro e sombrio, vão caminhando ao nosso lado sem voltar para trás, aquelas pessoas que simplesmente nos fazem falta...
Simplesmente... ADORO-VOS E AMO-VOS MUITO...
(sol, paty, mauro, joana, nuno, bruno, nemo, carambolas, happy boy, estrela, luazinha, piu-piu... ADORO-VOS! Fazem parte destas pessoas a quem me refiro! AMO-VOS pai, mãe, mana e NaF)

Filipa, 12ºF

De Pessoas se faz Pessoa


Estas são as pessoas que fazem de mim a Pessoa que eu sou...
Luis Lanção, 12ºF, nº4

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

«Just» Fernando Pessoa!

Façamos da nossa falência
uma vitória, uma cousa
positiva e erguida, com
colunas, majestade e
aquiescência espiritual.

Fernando Pessoa

(Es)Tava a ver videos no youtube e a certa altura deparei-me com esta frase (?) de Fernando Pessoa!

Deixei este post so pa (sopa???!!! ou «só para» ?! Risos) dizer, como diz Fernando Pessoa:

"Façamos da nossa falência, uma vitória"

Pedro 12º D

Pedro:
Não te zangues... mas é necessário respeitar as regras da escrita!!!


CC

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Puzzle de Pessoa...



E como Fernando Pessoa tinha razão!!!
***
Catarina Alves-12ºE

terça-feira, 18 de setembro de 2007

DEVER versus PRAZER (Será?)

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!

Ler é maçada,
Estudar é nada.
O Sol doira
Sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.

E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...



Fernando Pessoa


A força das palavras usadas com mestria por Fernando Pessoa!
Sempre associei este poema à LIBERDADE, ao HOJE, ao agora, ao VIVER...
Mas... será que o Dever inviabiliza o Prazer?
Passo-VOS a palavra...
CC




Povo Luso... (Polémico!)




Povo Luso...


“Há algo de americano, com a barulheira e o quotidiano omitidos, no temperamento intelectual deste povo. Ninguém como ele se apropria tão prontamente das novidades. Nenhum povo despersonaliza tão magicamente. Essa fraqueza é a sua grande força (…). Porque o facto significativo acerca dos portugueses é que eles são o povo mais civilizado da Europa. Eles nascem civilizados porque nascem aceitadores de tudo (…). Outros povos acordam todas as manhãs no dia de ontem (…). Mas não esta tão estranha gente. Move-se tão rapidamente que deixa tudo por fazer, incluindo ir depressa. Nada há de menos ocioso do que um português. A única parte ociosa do país é aquela que trabalha. Daí a sua falta de evidente progresso. “


Fernando Pessoa in
Obra em Prosa de Fernando Pessoa: Textos de Intervenção Social e Cultural - A Ficção dos Heterónimos.


Quem comenta?


CC



segunda-feira, 17 de setembro de 2007

PessoaS...


«O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela»



Fernando Pessoa in "Livro do Desassossego"
CC

PROPOSTAS de Leituras... (para PESSOAS que OUSAM descobrir o prazer de ler)




AGUIAR, João, Inês de Portugal
AMADO, Jorge, Mar morto, Capitães de Areia
ANDAHAZI, Federico, O Anatomista
ANTUNES, António Lobo, O Auto dos Danados, Crónicas,
Não entres tão depressa nessa noite escura
BASTOS, Baptista, Cão velho entre flores
BEAUVOIR, Simone de, O sangue dos outros
BORGES, Jorge Luís, Ficções
BRANCO, Camilo Castelo, Amor de Perdição
BROCH, Hermann, Os sonâmbulos
BRONTË, Emily, O monte dos vendavais
CAMUS, Albert, A peste, O estrangeiro
CASTRO, Ferreira de, A selva
CÉLINE, Luis Ferdinand, Viagem ao fim da noite
CERVANTES, D. Quijote de La Mancha
DOSTOIEVSKY, Fiodor, Noites Brancas, Crime e Castigo, Os possessos
ECO, Umberto, O nome da rosa
ESPANCA, Florbela, As máscaras do destino
FERREIRA, David Mourão, Um amor feliz
FERREIRA, Vergílio, Manhã Submersa
FLAUBERT, Gustav, Madame Bovary
HEMINGWAY, Ernest, O velho e o mar
HESSE, Herman, Os lobos das estepes
HUXLEY, Aldous, Admirável mundo novo
JORGE, Lídia, O dia dos prodígios
KAFKA, Franz, A metamorfose
KING, Stephen, The Shining
KUNDERA, Milan, A valsa do adeus, A insustentável leveza do ser
MARQUES, Gabriel Garcia, Cem anos de solidão
MARTEL, Yann, A vida de Pi
MITCHELL, Joseph, O segredo de Joe Gould
NIETZSCHE, F. W., Assim falava Zaratrusta, O Anticristo
PESSOA, Fernando, O livro do desassossego, A hora do Diabo
PROUST, Marcel, Em busca do tempo perdido
QUEIRÓS, Eça de, Os Maias, O crime do Padre Amaro, Contos
SARAMAGO, José, Ensaio sobre a cegueira
SARTRE, Jean Paul, O ser e o nada, A náusea
SEPÚLVEDA, Luís, O Velho que lia romances de amor
SHAWN, Irwin, Amor numa rua escura
STEINBECK, John, Ratos e homens, A um Deus desconhecido
SUSKIND, Patrick, O perfume
TOLSTOY, Leo, Anna Karenina
TORGA, Miguel, A criação do mundo
WILDE, Oscar, O retrato de Dorian Gray, De Profundis
WHITMAN, Walt, Folhas de Erva
WOLF, Virginia, Orlando
CC