domingo, 28 de outubro de 2007

Estes dias... Sem o "Carpe Diem"...

Sinto... a minha respiração... tornar-se... cada vez... mais difícil...
Sinto... a vida... a desaparecer por entre as lágrimas, por entre os suspiros...
Cada vez mais... sinto... que já não sei sorrir, amar, já não sei ser...
Grito e choro, mas nada me traz de volta... apenas a solidão fica...
Apenas nada... fica... (eu...)

E então parado...f ico a olhar o mal que eu amei
E hoje... tudo é diferente...
(Que ódio)
Eu cresci assim tanto? Para quê?
Para deixar de acreditar em mim? (Talvez...)

E por muito que corra, diga, pense ou queira esconder...
Nada... mas nada... será...aquilo que eu quero...
Ser feliz...

Ass. Luis Lanção
nº4, 12ºF
Amigos... (post retirado do meu blog pessoal)


“A gente não faz amigos, reconhece-os”





(de Vinicius de Morais)


- Que saudades…!!!


- Estás bem?

- Sim, estou…


- Ficaste triste por eu não poder ir ter contigo?

- Não! E estou bem a sério.

- Não sei se acredito… não sei... precisava ver os teus olhos.

- Não, eu estou bem e fico bem…

- Ok. Está bem! ”


Mas os amigos, mesmo longe sabem quando não estamos bem…

Pôs-se a caminho (e bastante longo), e em vez de estar a fazer as imensas coisas que tinha planeado, veio ter comigo. E eu recebi – com o enorme brilho do dia e o testemunho do sol - o abraço que precisava… e mais um, e outro, e mais um…Ser amigo é dar afecto… incondicionalmente. É tocar. É abraçar. Porque amizade é amor – que o tempo ou a distância não apaga.
A estes amigos, os verdadeiros (poucos, mas muito muito bons) com quem aprendi e aprendo tanto… aqueles com quem brinco, com quem riu, com quem fico em silêncio… aqueles que me completam, que dão a paz que preciso - deixo o meu abraço de afecto.




Afinal, os amigos são das coisas mais importantes da vida…!



(contente por não terem acreditado em mim!)


Catarina Alves

12ºE

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Sinto-me vazio...

As vezes sinto-me vazio,
não de alegrias, nem de tristezas,
somente vazio...
Num lugar irreconhecível,
um lugar fora de mim
frio, impensável, insensível...



Zuka 12ºD

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quem sou eu? Quem somos nós?


"...Cada momento mudei.
Continuamente me estranho..."

Fernando Pessoa in "Não Sei Quantas Almas Tenho" - (excerto)
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Ignorando o facto de Fernando Pessoa provavelmente sofrer de esquizofrenia com tendência para múltiplas personalidades, pensemos então no que nos é transmitido.
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Como todos sabemos de antemão, Fernando Pessoa passou a sua vida tentando encontrar-se, tentando perceber quem ele era. Para isso foi-se dividindo em múltiplas personalidades, que hoje podem ser contabilizadas em mais de 70. E será que com isso ele alguma vez se encontrou? Será que alguma vez descobriu quem era através da sua contínua "divisão de alma"? Bem, pelo que nos é transmitido neste poema, podemos concluir que não... Fernando Pessoa nunca se encontrou. E baseou portanto a sua vida, numa demanda que aparentemente se mostrou impossível de concluir, impossível de terminar.
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Agora, transpondo um pouco de "Pessoa" para nós, as "Pessoas" que o estudamos, pensemos então: será a sua busca única? Será ela ridícula? Identificar-nos-emos nós com Pessoa que constantemente se tenta encontrar?
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Bem, na verdade, não é única a sua busca. Talvez seja muito característica de Pessoa a intensidade e importância que lhe é atribuída, mas não teremos nós todos um pouco desta curiosidade? Um pouco deste desejo de saber quem somos?
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A verdade é que, ainda que quase nunca pensemos nisso, certamente já todos se interrogaram quem são, ou o que fazem neste mundo. Com toda a certeza que já nos deparámos com esta questão aparentemente simples na sua génese, mas horrivelmente complexa de responder.
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E é pois disto que quero falar, e é neste ponto que ligo a nossa busca pessoal pela identidade ao excerto que apresentei: Fernando Pessoa nunca se encontrou, e nós? Alguma vez nos encontraremos? Alguma vez poderemos dizer com toda a convicção que sabemos quem somos?
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Do meu ponto de vista, tal tarefa é interminável. Digna de Sísifo ou de qualquer outro herói mitológico. Uma tarefa deveras absurda, pois toda a vida podemos procurar, apenas para nos depararmos com um novo "eu", uma nova alma, que muda constantemente. E porquê? Pois cada momento que passa, cada experiência que vivemos muda-nos um pouco. A vida é pois um longo caminho de aprendizagem, no qual estamos sempre a absorver novas informações...
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E é pois um pouco isso que é dito por Fernando Pessoa. Em cada momento por ele vivido sentia-se diferente, sentia-se outro, sentia-se cada vez mais distante de uma resposta à sua pergunta. E se nós também sentimos isso porque continuamos então a procurar a nossa identidade? Se sabemos que não a encontraremos porque buscamos algo que não encontraremos? Porque o ser humano é assim mesmo. Não descansa enquanto não vê as suas questões respondidas, e isso é o que nos mantém vivos, a constante busca por algo, pois no dia em que soubermos tudo, a vida perderá o interesse.........
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O que acham? A busca também se verifica em nós? Será ela inútil? Ou apesar da sua inutilidade ela é inerente à nossa existência? Estaremos nós em constante mudança? Dêem a vossa opinião...
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CB 12ºB

O AMOR


Fernando Pessoa dizia que «TODAS AS CARTAS DE AMOR SÃO RIDÍCULAS». Ridículo será, certamente! O amor é realmente ridículo, pois passamos a acreditar incondicionalmente numa pessoa! Simplesmente acreditamos... porque a amamos.

O amor é ridículo, porque todos os valores que tinhamos em mente, talvez... desapareçam... sejam ultrapassados, porque simplesmente gostamos de fazer alguém feliz,
O amor é ridículo, pois quando vamos juntos na rua dizemos aquelas palavras ridículas... e dizemo-las porque estamos apaixonados, sem sequer nos importarmos com quem olha e se ri do ridículo da nossa figura.

O amor e ridículo, pois sabemos que no amor existe dor, mas mesmo assim insistimos em sofrer... que ridículo!

Poderia falar sobre o ridículo... e gastar as palavras todas, mas depois de muito pensar... creio que ridículo é não amar ninguém e saber que não fazemos ninguém feliz.

Ridículo é viver o presente sempre a pensar no passado.
Viver agarrado a um erro do passado não nos leva a lado nenhum, por isso vive a vida e desfruta da companhia daqueles que te amam e daqueles que gostas de ver feliz....

Porque... simplesmente eu não tenho vergonha de dizer sou ridícula.
Amo muita gente e sou feliz a amar aqueles que gostam de me fazer feliz.

Por isso... AMEM e sejam bastante ridículos...=D

12ºD Patricia vieira

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

****Quando se fecha uma porta abre-se uma janela mas,,,****



Há muito que ganho coragem para colocar aqui algo da minha autoria...
Aqui vai....




"A porta está fechada!

No entanto, abriste-me uma janela... fiquei com esperança...

Não vi, porém, que a janela era demasiado pequena para eu entrar!

A paixão cega-me.

E o teu medo de arriscar debilita-me e torna-me incapaz de agir...

Queres espaço,

Tempo,

Não me queres ver...

Eu sei que não me queres magoar...

Mas ainda tens mais medo de sair tu magoado!

Mas Tudo Bem!

Eu já devia ter juizo...

Já devia saber que «não dava...»

Queria tentar...

Tu não deixas!

Porquê?

Eu Adoro-te, não vês isso?!

Não quero magoar-te!





AdOrO o TeU sOrRiSo

E nÃo SuPoRtO a IdEiA dE tÃo DePrEsSa NãO o VeR!"






E é assim que termino o meu contributo... a minha escrita...

É aqui que termino o meu desabafo...


Nunca deixando de sorrir....




Assim me despeço...


«Beijoquitas» a todos...





lost.glance

Tu

Tu és o fogo que minhas veias incendeia,
A luz que meus passos ilumina,
Seduz e alucina
Meu doce perigo.
És como uma canção,
Ao vento, imaginária,
Dissipando a solidão.
Como uma cascata de águas cálidas,
Seguindo seu curso lentamente.
És o meu fruto proibido,
O jardim onde não posso entrar,
És o meu sonho escondido,
Que a realidade vai mostrar.


És o meu pecado favorito...



Nuno Giro, nº 10 - 12º E

domingo, 21 de outubro de 2007

Poema Tristeza

Não sabia o que escrever para este blog enriquecer...
Então pensei, nada há a melhorar, todos escrevem aqui o que querem mostrar...
O que de bom têm, sentindo-o ou não...
O que de bom têm no seu coração.

Ontem, já tarde era...
Como uma luz pediram-me que escrevesse o que sentira...
Assim o fiz...
Apesar de o seu tema não ser muito feliz...
Para todos vocês, o fazer, quis.


Com este pensamento escrevi este poema...


...Poema Tristeza


E a tristeza que eu sinto
E a tristeza que me rodeia
Tudo é mostrado, já o tenho dito
Parece que o mundo me obsequeia.


Se eu vivo, fico triste
Todos teimam em falar de mim
Já não sei o que sinto,
De que lado ficar.
Quero fugir de tudo isto.


Tento chorar e não consigo
É tão frustrante o passado
Que nos leva ao presente
As memórias que deveríamos ter mudado.


Ai estes momentos que doem
Tocam-me as vozes que se exaltam
E o coração me corroem
Deus só te peço que se calem.


Muito é o esforço que todos fazem
Viver neste Mundo é difícil
Uns choram, outros gritam…Aflijo-me,
Não sei como ajudar
Tudo cai, nada seguro…
É o medo de falhar.


A solidão perturba-me
Mas mais me perturba quem eu gosto
Que posso vir a perder, não aguento.
Pensar nisso é proibido.
São eles o meu alento.


Deixam-me assim, é verdade
Desaparecer não é solução
Há que procurar um caminho
Mas é tão grande a tentação.



Talvez o problema seja nascer,
Talvez o problema seja tentar viver,
Ou o problema é pensar.
Devera-se tudo ouvir sem protestar?


Não quero ter pensamentos,
Não quero ter sonhos,
Todos me levam ao pensar,
Pensar que seria possível
Eu alguns concretizar.


E assim me movo,
Penso e ajo com o coração,
Esse é o pior dos meus erros,
Choro sem razão.
Quem me atinge sempre lidera,
É o órgão com mais medos,
Mover-me assim não queria,
Não comando os sentimentos.


Nunca pedi mais do que o que tenho,
Fui nascendo e crescendo,
Até isso me invejam.
Tudo vira do avesso…
Recomeço…
Os dias me esperam.


Contudo, ganho força sem saber
Armazeno-a num lugar seguro
Mais momentos como este viverei…
Vou-a buscar…
É com ela que me curo.


Tudo se há-de resolver,
É o Português a falar.
Se não fosse o futuro,
Nada poderíamos imaginar.

Nem este poema EU BELARDO vos mostrar.

12ºB

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Fernando Pessoa (S) – Múltiplos




“Construí-lhes as idades e as vidas”


O que levou F. Pessoa a criar (tantos) heterónimos …?

Os heterónimos seriam a resposta a uma necessidade de expressar a multiplicidade contraditória e dominadora de sentimentos/ideias e ideias/sentimentos, várias subjectividades.
Fernando Pessoa numa carta ao seu amigo Adolfo Casais Monteiro explica essas razões, como foram criadas os seus heterónimos, e chegando mesmo a fazer uma descrição completa das “pessoas” criadas.
Fernando Pessoa refere nessa carta inicialmente que a génese dos heterónimos era devido a uma anormalidade histérico-neurástica do seu psiquismo que facilitava a despersonalização e o “disfarce”.

Conta que Alberto Caeiro surge por “pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular o que iria escrever”, Ricardo Reis “depois de uma deliberação abstracta, que subitamente se concretiza numa ode”, Álvaro de Campos “quando sinto um súbito impulso para escrever e não sei o quê”. “O meu semi-heterónimo Bernardo Soares, aparece sempre que estou cansado ou sonolento, de sorte que tenha um pouco suspensas as qualidades de raciocínio e de inibição; ”.


Deixo-vos um excerto dessa carta…

“Carta a Adolfo Casais Monteiro

Lisboa, 13 de Janeiro de 1935

Passo agora a responder à sua pergunta sobre a génese dos meus heterónimos. Vou ver se consigo responder-lhe completamente.
Começo pela parte psiquiátrica. A origem dos meus heterónimos é o fundo traço de histeria que existe em mim. Não sei se sou simplesmente histérico, se sou, mais propriamente, um histero-neurasténico (…) porque há em mim fenómenos de abulia que a histeria, propriamente dita, não enquadra no registo dos seus sintomas. Seja como for, a origem mental dos meus heterónimos está na minha tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação. Estes fenómenos - felizmente para mim e para os outros - mentalizaram-se em mim; quero dizer, não se manifestam na minha vida prática, exterior e de contacto com outros; fazem explosão para dentro e vivo-os eu a sós comigo. (…) Mas sou homem - e nos homens a histeria assume principalmente aspectos mentais; assim tudo acaba em silêncio e poesia…

(…) Começo por aqueles que morreram, e de alguns dos quais já me não lembro - os que jazem perdidos no passado remoto da minha infância quase esquecida.

Desde criança tive a tendência para criar em meu torno um mundo fictício, de me cercar de amigos e conhecidos que nunca existiram. (Não sei, bem entendido, se realmente não existiram, ou se sou eu que não existo. Nestas cousas, como em todas, não devemos ser dogmáticos.) Desde que me conheço como sendo aquilo a que chamo eu, me lembro de precisar mentalmente, em figura, movimentos, carácter e história, várias figuras irreais que eram para mim tão visíveis e minhas como as cousas daquilo a que chamamos, porventura abusivamente, a vida real. Esta tendência, que me vem desde que me lembro de ser um eu, tem-me acompanhado sempre, mudando um pouco o tipo de música com que me encanta, mas não alterando nunca a sua maneira de encantar.

Lembro, assim, o que me parece ter sido o meu primeiro heterónimo, ou, antes, o meu primeiro conhecido inexistente - um certo Chevalier de Pas dos meus seis anos, por quem escrevia cartas dele a mim mesmo, e cuja figura, não inteiramente vaga, ainda conquista aquela parte da minha afeição que confina com a saudade. (…)

Esta tendência para criar em torno de mim um outro mundo, igual a este mas com outra gente, nunca me saiu da imaginação. Teve várias fases, entre as quais esta, sucedida já em maioridade. Ocorria-me um dito de espírito, absolutamente alheio, por um motivo ou outro, a quem eu sou, ou a quem suponho que sou. Dizia-o, imediatamente, espontaneamente, como sendo de certo amigo meu, cujo nome inventava, cuja história acrescentava, e cuja figura - cara, estatura, traje e gesto - imediatamente eu via diante de mim. E assim arranjei, e propaguei, vários amigos e conhecidos que nunca existiram, mas que ainda hoje, a perto de trinta anos de distância, oiço, sinto, vejo. Repito: oiço, sinto, vejo… E tenho saudades deles.

Catarina Alves

12ºE



O meu coração quebrou-se
Como um bocado de vidro
Quis viver e enganou-se...
.
Fernando Pessoa







Entre mim e a vida há um vidro ténue. Por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não Ihe posso tocar.

(...) Tudo se me evapora. A minha vida inteira, as minhas recordações, a minha imaginação e o que contém, a minha personalidade, tudo se me evapora. Continuamente sinto que fui outro, que senti outro, que pensei outro. Aquilo a que assisto é um espectáculo com outro cenário. E aquilo a que assisto sou eu.

Talvez porque eu pense de mais ou sonhe de mais, o certo é que não distingo entre a realidade que existe e o sonho, que é a realidade que não existe. E assim intercalo nas minhas meditações do céu e da terra coisas que não brilham de sol ou se pisam com pés - maravilhas fluidas da imaginação.

(...) Não há problema senão o da realidade, e esse é insolúvel e vivo. Que sei eu da diferença entre uma árvore e um sonho? Posso tocar na árvore; sei que tenho o sonho. Que é isto, na sua verdade?

Meu Deus, meu Deus, a quem assisto? Quantos sou? Quem é eu? O que é este intervalo que há entre mim e mim?


FERNANDO PESSOA, O Livro Do Desassossego De Bernardo Soares

(Fragmentos)



«Tinha 30 anos, alto, curvado ao sentar-se, algum desleixo no vestir. Cara pálida, com sofrimento diluído. Era ajudante de guarda-livros em Lisboa e frequentava os restaurantes da Baixa, nas sobrelojas, onde encontrou Pessoa falando-lhe da sua admiração pela revista Orpheu. Fumava. Tinha um especial interesse em observar aqueles que o rodeavam. Levava uma vida suave, de afastamento, de entrega ao sonho. O Livro do Desassossego não é dele, mas é ele próprio.»

Do 'Prefácio', O Livro do Desassossego
CC

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Luz

Imagem :LAnçÃo

Eu sou inconstante... volúvel...
E felizmente sou assim...

E quis fazer algo que já tinha em mente...

Dedicar um post a tudo e todos aqueles que me são importantes.

Esta montagem representa tudo o que são para mim, são luz...
Para todos os meus amigos de A a Zê.
Luis Lanção, nº4 12 F

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A DOR DE PENSAR




Para se ser feliz é preciso saber-se que se é feliz. Não há felicidade em dormir sem sonhos, senão somente em se despertar sabendo que se dormiu sem sonhos. A felicidade está fora da felicidade.

Não há felicidade senão com conhecimento. Mas o conhecimento da felicidade é infeliz; porque conhecer-se feliz é conhecer-se passando pela felicidade, e tendo, logo já, que deixá-la atrás. Saber é matar, na felicidade como em tudo. Não saber, porém, é não existir.

Mesmo eu, o que sonha tanto, tenho intervalos em que o sonho me foge. Então as coisas aparecem-me nítidas. Esvai-se a névoa de que me cerco. E todas as arestas visíveis ferem a carne da minha alma. Todas as durezas olhadas me magoam o conhecê-las durezas. Todos os pesos visíveis de objectos me pesam por a alma dentro.




FERNANDO PESSOA, O Livro Do Desassossego de Bernardo Soares

(fragmentos)
CC

sábado, 13 de outubro de 2007


Já há muito tempo que queria publicar -partilhar- qualquer coisa, mas não sabia o quê. Então, de repente, decidi colocar aqui este poema... espero que gostem!


Viajar! Perder países!

Viajar! Perder países!

Ser outro constantemente,

Por a alma não ter raízes

De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!

Ir em frente, ir a seguir

A ausência de ter um fim,

E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.

Mas faço-o sem ter de meu

Mais que o sonho da passagem.

O resto é só terra e céu.

Fernando Pessoa

Ana C. 12ºF

Quando estou contigo...

Quando estou contigo o tempo pára,
É um momento de beleza rara.
O meu corpo toca no teu…
E os teus olhos fixam-se nos meus…

Tu levas-me para outra realidade,
Um reino encantado onde quem reina é a verdade.

O teu toque, arrepia.
O teu cheiro, contagia.

A noite torna-se dia,
Baixas os estores e corres as cortinas.

O ambiente perfeito para uma nova aventura…
Que dura, perdura pelo dia fora…




@(,")@ BP @(",)@

Medo...

(Para a pessoa que escreveu o post "Medo"… para mim… para todos nós…)

Podemos ter medo da escuridão, das sombras… do dia seguinte, do que acontecerá no futuro… medo que nos perdermos, de nos encontramos... medo de ganhar, medo de perder. Medo da morte… do antes dela, ou do depois…

Medo de ter medo...




“ Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto pois cada vez que fazia prisioneiros, não os matava. Levava-os para uma sala, que tinha um grupo de arqueiros num canto e uma imensa porta de ferro do outro, a qual tinha gravadas figuras de caveiras cobertas de sangue.
Nesta sala ele fazia com que ficassem em círculo, e então dizia-lhes:


- Podem escolher entre morrer atingidos pelas flechas dos meus arqueiros ou passarem por aquela porta e serem lá trancados por mim.

Todos os que por ali passaram escolhiam serem mortos pelos arqueiros.Ao término da guerra, um soldado que servira o rei por muito tempo, disse-lhe:

- Senhor, posso fazer uma pergunta?

- Diga soldado.

- O que havia atrás da porta assustadora?

- Vá lá e veja!

O soldado abre vagarosamente a porta, e percebe que à medida que o faz, raios de sol vão entrando pela sala, iluminando-a. Ao abrir a porta por completo nota que esta levava a um caminho que conduziria à liberdade.

O soldado admirado olha apenas para o seu rei, que lhe diz:

- Eu dava-lhes a escolha, mas eles preferiam morrer a arriscar abrir esta porta! ".

***

Quantas portas deixamos de abrir com medo de arriscar?

Quantas vezes perdemos a liberdade e morremos por dentro, apenas porque sentimos medo de abrir a porta dos nossos sonhos?

Catarina Alves -12ºE

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

PESSOAS E AFECTOS

CC
ENCOSTA-TE A MIM...








Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.

Chegado da guerra,
fiz tudo p'ra sobreviver
em nome da terra,
no fundo p'ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei,
às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,
encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim,
deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba
que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada,
seja como for.

Eu venho do nada
porque arrasei o que não quis
em nome da estrada,
onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim,
vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba,
quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei,

às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem,

encosta-te a mim.

Jorge Palma

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

MEDO... (post temporário)

No fundo, tenho medo. Medo de te voltar a ver. Medo de que as minhas mãos voltem a ser mãos outra vez e disparem dos pulsos para te despentear o cabelo e apertar-te os nós dos dedos, entalando-te as falanges como se fosses criança a quem cuidasse de atravessar a rua. Medo de que o meu corpo se lembre da fome que te teve e se queixe ruidosamente, como um estômago vazio; de que me dês água na boca e que de deserto árido passes a fonte de trevas com neptunos sumptuosos e fundos forrados a desejos. Medo de pensar que não te vejo desde... há tanto tempo... e de por isso te rever, saudosa, achando que nunca nos fomos e que ainda nos damos as mãos, algures por Paris. Medo de, afinal, te ter esquecido em vão e de que nos encontremos de novo a meio de inocuidades gentis, amorosamente gentis; e de que tenhamos, inesperadamente, muito cuidado com os gestos, como se contornássemos vidros partidos ou fios descarnados. Medo de dar com os teus olhos e de neles mergulhar de cabeça, de engolir pirulitos, nadar-te e por ti ficar, num boiar infinito. No fundo, tenho medo de que a mera possibilidade da tua presença me diminua a graça dos dias. Por isso me quedo.


...

Hoje...


Hoje... senti-me alegre ao observar, através da janela,
uma criança e um velho,
que se divertiam observado as nuvens.
Nuvens que não consigo ver, e jamais conseguirei!

Pois são tantas as sombras que me rodeiam,
aprisionando-me numa escura e fria cela,
onde não consigo sentir as pequenas alegrias.
Observando-as, apenas, nas outras pessoas.
E é através destas pessoas que consigo sentir
breves momentos de alegria que se mantêm aprisionados,

numa fraca e débil pessoa...
que há muito deixou de existir dentro de mim.

ZuKa 12ºD

Fighter- Cristina Aguillera

Eu sei que o vídeo está em inglês...

Só que amei a música e o videoclip está demais (está lindo!) e pronto(s)... decidi partilhá-lo...

Porque afinal representa aquilo que todos somos: "Figthers" (Lutadores).

Luís LAnção nº4 12ºF

(Atenção: antes de visionar o 'clip', colocar em pausa o som de fundo do blog)

Obrigada





Obrigada a todas as pessoas que me ajudaram neste momento dificil, mas... há coisas que colocamos na nossa memória e que, por mais que queiramos esquecer, esta traz de novo a dor que queria apagar. Aquele sentimento que diz que tenho culpa, aquele que me faz pensar e questionar sobre o porquê de isto me ter acontecido??
Não encontro a resposta por mais que a queira encontrar...
Às vezes temos um sorriso na cara, mas este existe simplesmente para não deixarmos transparecer e contagiar os que nos rodeiam com a nossa tristeza. Aquela dor que nos 'mói', aquela que vai ficar no nosso coração para sempre...
Aquela dor que nos faz aproximar das pessoas que amamos e que nos amam, aquelas a quem agradeço, por tudo, mas tudo mesmo.
OBRIGADA CC, que mesmo nem sempre falando sobre as nossas dores... dá-nos apoio, 'adivinhando' quando não estamos bem...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Fotografias de Fernando Pessoa




D~D
12ºB

Confissões...

''Ser ou não ser
Eis a questão?"
Mas para quê ser,
se por vezes vivemos em vão!

O ser representa a vida
de cada individuo ou pessoa
Vida que decorre,
dia após dia..
Sem dar tempo ao tempo..

Tudo o que fazemos tem um certo sentido
Tudo o que representamos
Será um dia redigido
Para aqueles que irão viver
o que nós vivemos
possam aprender,
com os erros que cometemos..

"Acreditar é viver"
Mas para quê acreditar?
Se um dia vamos morrer..
Para quê toda esta motivação?!
Se um dia.. toda esta vida,
Será apenas uma recordação..

Aquilo que fazemos,
tem um certo sentido..
Representar tudo..
tudo o que tenhamos vivido..

Confesso à vida,
e a tudo o que ela representa,
Bom ou mau..
Nem tudo é o que aparenta.

Podemos fazer
o que temos de fazer..
Para esta nossa vida,
tão preciosa viver..
Mas não podemos esquecer,
que por mais que tentemos,
tudo o que fazemos..
Fará alguém sofrer..

Nem tudo é belo ou fácil,
nisso podemos acreditar..
Tudo o que queremos,
dia após dia..
Teremos de lutar..

A vida é esta,
pelo menos é o que me faz perceber..
Tudo o que faço,
tento entender..
Se tem algum sentido..
Para que um dia recorde..
E eu possa dizer...
Que tudo o que o passado é dono
mereceu ser vivido..

Não sou poeta
Nem o quero ser..
mas ja dei a perceber,
que parte das minhas rimas
terminam em "er"

Sou um breve aprendiz,
escrevo por alguma razão..
espero não ter sido em vão...
Pois tudo o que escrevi,
terá sempre algum sentido...
para mim..

Confissões à vida
num dia que queria
que fosse especial...

09.10.07


Ivo Duarte
12º E

QUALIDADE / QUANTIDADE (ATENÇÃO!!!)





O projecto de partilhar um blog envolve-nos a todos!


TODOS somos responsáveis pela postagem, pelos comentários...


No entanto, não vamos confundir qualidade com quantidade. E, muito menos, 'post' com 'chat'! (Relativamente aos comentários... há maior liberdade, evidentemente!)


Tudo o que assinamos deve ser um espelho de nós...


Façamo-lo bem! Para que este blog seja motivo de orgulho para TODOS!


Comecei por corrigir pequenas incorrecções que detectava nos «posts». Posteriormente fi-lo a verde (cor simpática!). Porém, creio que a vossa idade e ano de frequência de ensino exigem que, a nível da Língua Materna, se saiba respeitar o Código Escrito (ortografia, acentuação, pontuação, coesão...).


Por isso, a partir de agora, após a leitura do «post», quando este apresentar graves e repetidas incorrecções, alertarei para a necessidade da sua correcção, sendo colocado em 'rascunho' até o/a autor/a o ter corrigido.


Se o contributo de cada um é fundamental (cada 'gota' que se junta a outra faz a diferença...)... também é importante que se tenha a percepção de que a escrita de um texto no blog... sem a necessária preocupação com a 'qualidade' (conteúdo e forma) vai afectar o contributo dos outros, o TODO que é este projecto!

AGRADECIMENTO:

Agradeço ao Tomé -12ºB- a colocação no blog desta canção excepcional!


A prof.


Conceição Castro


Pura diversão!


(O desenho é de Almada Negreiros)


Todo o momento
Disperso num espaço vazio
Mas repleto de sentimentos
Está mais cheio que o nada
E diz mais que todas as mais belas palavras
Ditas por uma boca perfeita
E tocadas pelo melhor aroma
Que preenche todo aquele mesmo espaço
Que está cheio de Nada!!!



Um momento de ponderação,
Sentido com emoção! xD



(Às vezes apetece-me brincar... apenas! Lol )



12ºD *

Falas de Civilização...

Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!


Alberto Caeiro


Anderson 12ºD nº5

Quero tudo o que nunca foi

Um dia... serei.
Hoje sou.
E todos os dias desejo ser ainda mais.

Procuro. Descanso. Conquisto.

Não me deixo cair em terra, nem quero.
Vivo para viver e nunca deixar de ser.
Sou eu(s) apenas.

E tudo o que me revolta aqui dentro.
Quer sair!
Mas eu não deixo.

Vou deixando-me consumir a mim mesmo.
Vou bem fundo.
Procuro.

Quero que tudo volte a ser o que nunca foi.
O presente revolta-me.

Grito ao vento,
e ele passa-me ao lado,
olha para mim com um ar de desdém.
Ele não quer saber... não se importa...
Nem ele nem o mundo.
E às vezes nem eu...
Descanso.

Sento-me.
E não sinto nada daquilo que já senti.
Quis sentir a vitória, a glória... quis sentir, apenas...
Sentir...

Mas nada quis voltar...
Afinal, eu mudei...
Cresci? Isso não sei.
Mudei apenas..
E tu também.
Conquisto.

Sou rei... de mim mesmo.


Luis LAnção, nº4 12ºF

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

POEMA EM LINHA RETA

Álvaro de Campos


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado
[sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

João Cruz Nº11 12ºD


Bicho Raro

Homem, bicho raro
Cheio de certezas
Que apenas são indecisões
Com uma vida
Montada pelas tuas escolhas e opções
Podes todo o Mundo mudar
Se para isso te atreveres a sonhar
És tu o teu próprio deus
O deus que comanda a tua vida
Pois só a ti a tua vida pertence
Apesar de haver quem assim não pense

Não precisaste de asas para voar
Não foram precisas barbatanas, para bem fundo no Oceano chegares
E não necessitaste de garras e de dentes afiados
Para o Mundo conquistares
Contudo o paraíso não conseguiste recriar
Apenas porque ainda não paraste de divagar
És um bicho que caminha solitário
Neste Mundo que crias-te a partir do teu imaginário
És semelhante a ti mesmo
Mas diferente na tua semelhança
Com todas as maneiras de pensar
Que consegues criar

Olha bem, Homem
Olha à tua volta
E diz-me o que não conseguirias transformar
Se te atrevesses a tentar
Tudo está ao teu alcance
E nada está fora das tuas possibilidades
Usa a tua mente libertadora
E muda este Mundo à medida da tua capacidade criadora

João Martins, 12ºB

FUTURISTA

ÀS GERAÇÕES PORTUGUESAS DO SÉC. XXI



Acabemos com este maelstrom de chá morno!
Mandem descascar batatas simbólicas a quem disser que não há tempo para a criação!
Transformem em bonecos de palha todos os pessimistas e desiludidos!
Despejem caixotes de lixo à porta dos que sofrem da impotência de criar!
Rejeitem o sentimento de insuficiência da nossa época!
Cultivem o amor do perigo, o hábito da energia e da ousadia!
Virem contra a parede todos os alcoviteiros e invejosos do dinamismo!
Declarem guerra aos rotineiros e aos cultores do hipnotismo!
Livrem-se da choldra provinciana e da safardanagem intelectual!
Defendam a fé da profissão contra atmosferas de tédio ou qualquer resignação!
Façam com que educar não signifique burocratizar!
Sujeitem a operação cirúrgica todos os reumatismos espirituais!
Mandem para a sucata todas as ideias e opiniões fixas!
Mostrem que a geração portuguesa do século XXI dispõe de toda a força criadora e construtiva!
Atirem-se independentes prá sublime brutalidade da vida!
Dispensem todas as teorias passadistas!
Criem o espírito de aventura e matem todos os sentimentos passivos!
Desencadeiem uma guerra sem tréguas contra todos os "botas de elástico"!
Coloquem as vossas vidas sob a influência de astros divertidos!
Desafiem e desrespeitem todos os astros sérios deste mundo!
Incendeiem os vossos cérebros com um projecto futurista!
Criem a vossa experiência e sereis os maiores!
Morram todos os derrotismos! Morram! PIM!

J o s é d e A l m a d a N e g r e i r o s
Poeta
Futurista e tudo

João Cruz Nº11 12ºD

Insegurança...




Depois de um espaço sem sentir o batimento forte do teu coração...


Aparece de novo a tensão... A Energia... A Vontade de querer estar Junto...


Toca o telemóvel...


És Tu De Novo! Que sentimento de insegurança...




Ouvir de novo a tua voz é Sentir que o mundo Parou...


É Como se o Mundo parasse e só existíssemos nós os Dois...




E As Saudades mataram-se ao som de gotas de chuva...




Tanto que eu não te disse...


Tanto que ficou por dizer...


Dizem que o silêncio por vezes vale mais que mil palavras


Mas será que percebeste o meu?


O que é que não entendeste??




A Minha porta está fechada...


Mas tu possuis a chave para ela, já te deste conta disso? ...




Não há mais nada para Perder...


Não há mais nada para Achar...


Não há mais Nada no Mundo...


Não há mais nada...




Só Tu...


E Dizer Que Te adoro... É tudo o que preciso.




[ Muitas vezes não procuras razões para fazer o que fazes... Mas sim desculpas... O que tu fazes é o que tu és! ]
.. 12ºD xD
Autoria????
É favor assinar o "post"!
CC

UMA AULA DIFERENTE (12ºB)

Sabias que a nossa turma (12ºB) tem um fórum em conjunto com a turma do 12ºA? (por iniciativa do passado 11ºB)
No fórum podes ter acesso a toda a informação que diz respeito aos 12ºA e 12ºB: testes, visitas de estudo e até trabalhos de grupo ou individuais. Havendo também, como é óbvio, um espaço dedicado ao Lazer e Diversão.
Podes debater assuntos relacionados com a escola e levantar as questões que quiseres, sobre outro tema qualquer.

Ora, inscreve-te e participa!
[ http://esjcp11b.empiresp.com/forum/index.php ]

Atenção! Cuidado com o tipo de linguagem usada nos tópicos, respostas aos tópicos dos outros e até mesmo na ShoutBox "sala de chat", pois no nosso fórum estão registados alguns Professores da nossa escola - para esclarecimento de dúvidas - que podem ler as tuas mensagens. Aviso feito, porta-te bem : )

Cumprimentos,

André (Chucky),
Ana Garcia (Rascunhos),
Valmiky Arquissandás (angelofwisdom)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Olhares...

Estes olhares são pequenos, grandes, castanhos, pretos, azuis, verdes, ou mesmo cinzentos. São olhares simples, de pessoas simples, iguais a todos os outros... simplesmente belos.
Mas estes olhares têm uma particularidade muito especial: são alguns dos olhares que rodeiam o meu e que se cruzaram comigo, neste e noutros caminhos. São olhares que gravei do passado, do presente e do futuro.
São olhares de pessoas com quem estou diariamente, de pessoas que não vejo há meses ou anos, e mesmo de pessoas que já não estão fisicamente entre nós.
São olhares de pessoas que me viram nascer, de pessoas que me viram crescer. São os olhos dos meus pais, da minha família, dos meus amigos.
De pessoas importantes para mim, que tanto me marcaram e marcam. São olhares que me fazem sorrir, chorar, pensar, evoluir e decidir.
São olhares profundos, com muitos mundos, onde por vezes, me perco para que me possa encontrar. São abraço apertado que me acolhe e protege, são o ninho onde me enrosco… apenas são. E é por isso que – mesmo que não o diga, ou não o demonstre da melhor maneira – são os olhares que eu amo. Fazem parte da mesma essência. Fazem parte da minha vida… Fazem parte de mim.

Abraço...


***

«Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.»

Fernando Pessoa


Será mesmo assim?!

Catarina Alves -12ºE

Hum... Olhares?!

Se Podes olhar, Vê. Se podes ver, Repara!!

Olhos...
Olhares...
Retinas e expressões juntas num misto de emoções...
Dizem que os olhos são o espelho da Alma...
Que os olhos não mentem...
Que os olhos são como vidros entre o nosso interior e o exterior de todos Nós.
Será mesmo verdade?
Estes são os meus Olhos...
O que é que vocês vêem então?

O essencial é invisível aos olhos

Não sejas o que não és só para provar alguma coisa.
Para quê?... Sim... Para Quê?
Sê tu mesmo, orgulhoso e vincado!

E se o teu objectivo for atingir a perfeição...
Nunca te vais sentir bem contigo mesmo...
...Nunca!

Mas se os teus objectivos se centrarem no Seres, sempre, o melhor que puderes...
Então aí, está tudo bem E tu conseguirás ser feliz! =)
...E Saberás que és tudo aquilo que consegues ser, até não quereres mais!

12ºD

Um pensamento infinitamente próprio...

Faz-me sentir...
Sentir a tua respiração...
Sentir que estás vivo, que és real.
Deixa-me ouvir-te. Ouvir o teu riso mágico...
Essa tua voz faz-me estremecer.
Faz-me crer que tudo é possível...
Deixa-me olhar-te...
Contemplar a tua pessoa é algo único.
Deixa-me estar perto de ti e assim ser feliz...
Contigo.

Deixa-me perder-te...
Só para te encontrar outra vez, só mais uma vez.
Para assim gritar ao mundo a razão que me faz sorrir por encontrar quem amo...
Para assim descobrir de novo um novo sentimento no gesto simples que me faz mergulhar no teu olhar...

Se não saíres de ti...
Nunca vais realmente encontrar-te,
Nunca vais realmente ter noção do que te rodeia (...)
Nunca vais saber o que te faz sorrir...
Se não deixares de olhar SÓ para ti...
Nunca vais saber de que és feito...

Se não saíres de ti...
Nunca vais saber...
Nunca vais saber...

Vive este momento,
Este momento é a tua vida!
Todos Passamos a vida a pensar no futuro
Mas o momento é agora,
Está nas nossas mãos.
Podemos olhar para ele agora,
Podemos tocá-lo,
Até mesmo cheirá-lo
E ele vai ficar na nossa pele,
Por Momentos.
Mas Entranhou-se na Nossa Alma...
Para Sempre.
Podemos guardá-lo em nós.
Este momento já é nosso!

Mesmo que depois se alterem as condições com que o tocaste.
E tu vais querer tanto voltar a tocar ...
Mesmo que depois outros momentos te levem do que viste
E Querias tanto,
Tanto,
Mas tanto voltar a ver ...
Mesmo que depois o cheiro se dissolva no Ar,
Se Apague,
Ficou entranhado para sempre na Nossa Alma ...
Mesmo que depois não dê ...
Mesmo que ...
Mesmo Se ...

Agora Abraça, Cheira, Olha, Vê, Repara...
Vai Sentindo o cheiro com toda a tua alma e assim entranhando-o
Para Sempre Em Ti!
Vive O Momento...
Vive o presente...
Sabes se o futuro será mesmo aquilo para que guardas o momento presente?
Não! Não Sabes!
Nem Tu Nem Ninguém.
Tens medo de sentir isto ou aquilo?
Porque "E Se...?" !??!
"E Se...?" Nada!
Sente o que quiseres...
Sabes se no futuro vais encarar os mesmos sentimentos?
Não! não Sabes!
Nem Tu Nem Ninguém.

O Futuro É Incerto...
Uma Incógnita que varia, por vezes, independentemente, ou não, do que fazes do presente.
Mas E Depois?? Não faças hoje isto só porque amanhã PODERÁ dar aquilo.
E Se não Der?
Pois é!
Se não Der Vais Chorar Pois perdeste o que sempre quiseste.
O Que Pudeste Ter E não Tiveste,
O que podias Cheirar e não cheiraste,
O que podias sentir e não sentiste,
Nem Olhaste ...
O que esteve contigo e já se foi...
E já não Volta.
Se Tu Podias Porque não o fizeste?
Porquê?? ...
Por Pensar no futuro...

O Futuro? O que interessa é o presente!!

Por Isso Vive o que quiseres e Como quiseres...
Não planeies sorrir amanhã só porque fica melhor
Ou porque tem mais lógica.
Queres sorrir? Então Sorri!
Sorri para ti, Sorri para todos !
Sorri pelo Agora,
Sorri Pelo que Acreditas...

Entranha as razões Em Ti...
Sente-as.
Cheira-as.
E Guarda o Agora Contigo...
Porque, inevitavelmente, Ele já é Teu...
Para Sempre !

[ //* Se não gostas do que vês, podes desviar o olhar. Se não gostas do que ouves, podes sempre, para a próxima, ter mais cuidado com o dizes. Amo-te Muito... Desculpa não ser melhor *\\ ]

12ºD

terça-feira, 2 de outubro de 2007

MANIFESTO ANTI-DANTAS

CC

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A Liberdade

Seremos nós livres, ou simples escravos?
.
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«A liberdade é a possibilidade do isolamento. És livre se podes afastar-te dos homens, sem que te obrigue a procurá-los a necessidade do dinheiro, ou a necessidade gregária, ou o amor, ou a glória, ou a curiosidade, que no silêncio e na solidão não podem ter alimento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo. Podes ter todas as grandezas do espírito, todas da alma: és um escravo nobre, ou um servo inteligente: não és livre. E não está contigo a tragédia, porque a tragédia de nasceres assim não é contigo, mas do Destino para si somente. Ai de ti, porém, se a opressão da vida, ela própria, te força a seres escravo. Ai de ti, se, tendo nascido liberto, capaz de te bastares e de te separares, a penúria te força a conviveres. Essa sim, é a tua tragédia, e a que trazes contigo. Nascer liberto é a maior grandeza do homem, o que faz o ermitão humilde superior aos reis, e aos deuses mesmo, que se bastam pela força, mas não pelo desprezo dela.»

Fernando Pessoa, in «Livro do Desassossego»
.
.
Bem... Mais um texto desde grande senhor que, mesmo que tenha sido um esquizofrénico múltiplo, foi um dos maiores génios da poesia... Como ele próprio diz, não interessa a sua vida, ela nada significa, ele é o que escreve e por isso passemos logo para o assunto de que pretendo falar:
Liberdade...
Um conceito muito vago, um conceito muito falado. Pode ser apenas uma palavra sem sentido que escrevemos ou dizemos, no meio de uma conversa, ou pode ser uma fonte de discussão, de debate intenso... Mas, realmente, é algo de que devemos falar: a solidão traz-nos liberdade, mas está-nos na natureza, como animais, o instinto para viver em grupos, em sociedades...
Mas conseguiremos nós esta separação, conseguiremos nós afastar-nos da sociedade desprendendo-nos de tudo e de todos? Ou teremos sempre a necessidade, como diz Pessoa, do dinheiro, gregária, de amor... Pois... valerá a pena uma vida de solidão, mesmo sendo uma vida realmente livre? À semelhança de um cavalo alado, que é livre de conquistar tanto os céus como a Terra, também ele possui essa liberdade, mas se for separado dos seus semelhantes, se ficar sozinho no mundo, sem ninguém, ele acaba por morrer...
O mesmo não acontecerá connosco? Se nos separarmos de todos, vivemos uma liberdade verdadeira, mas a que preço? Trocaremos uma vida de escravidão amada e sentida, por uma vida de liberdade em que a alma definha, e morre?
Beijo,
CB
«E SÓ DE OUVIR O VENTO PASSAR...»

«Às vezes ouço passar o vento;
e só de ouvir o vento passar,
vale a pena ter nascido.»

Fernando Pessoa
...
Deixo o meu abraço de vento...
CC

(Ni*)
Apenas um momento...





… Escutou-se "I know not what tomorrow will bring", 'Não sei o que o amanhã trará'.


Procurei um olhar, encontrei-o, vi-o, senti-o. Sorrimos

Por vezes a cumplicidade de almas não necessita de palavras.

Abraço




Catarina Alves

12ºE


Sorriso...
...