terça-feira, 27 de maio de 2008

Aqui

Na vida, para mim, não há deleite.
Ando a chorar convulsa noite,
E não tenho nem sombra em que me acoite,
E não tenho uma pedra em que me deite!
Ah! Toda eu sou sombras, sou espaços!
Perco-me em mim na dor de ter vivido!
E não tenho a doçura duns abraços
Que me façam sorrir de ter nascido!
Sou como tu um cardo desprezado
A urze que se pisa sob os pés,
Sou como tu um riso desgraçado!
Mas a minha
Tortura inda é maior:
Não ser poeta assim como tu és
Para concretizar a minha Dor!
Florbela Espanca
- Trocando olhares
L.Lancao_

segunda-feira, 19 de maio de 2008

FelIZ

Eu acredito que sim...que estou feliz...
Nunca se pode ser...porque se o é... nunca se é o de todo...
Estar feliz...é sermos nós próprios...sem ter que nos preocupar com
as futilidades...
É poder vencer sem ter medo de sequer olhar para trás...
sem máscaras... sem mentiras...sem...
Não há tempo...estar feliz...é assim...
querer é a arma que nos acompanha...
não há ninguém que esteja feliz....mas também não há ninguém que o seja...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Eterna Solitária


Que bela visão... o sol a reflectir a sua beleza no explendoroso mar, que toca agora mais suavemente na areia, como se fosse um fogoso beijo. E eu a observá-lo, sentada numa rocha já moldada por este eterno e belo beijo.


Penso em como tudo seria mais explendido se tivesse um alguém com quem partilhar esta maravilhosa visão, mas não... estou sózinha, sou uma eterna solitária, que fica contentada com a natureza, que apesar de maravilhar qualquer ser, também é cruel quando menos se espera.


Equiparo-a a ti, belo e cruel, mas não por isso, menos maravilhoso!

Sei que és a metade de mim que falta, mas ainda assim preso muito a minha integridade... o meu orgulho!


Olho mais uma vez a meu redor...magnifica natureza, que mesmo já escrita e descrita, me maravilha... e ao meu lado... ninguém para a contemplar comigo.


Muito mal já fiz, mas ainda assim, não tanto para merecer estar só, nesta dura vida, em que muitas vezes precisava de um apoio diferente... só queria um toque, um abraço... um beijo!



Assim me despeço, com este sentimento de desalento e profunda dor por estar só...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

SerEnidade

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
Fernando Pessoa
Luis Lanção 12F

quinta-feira, 1 de maio de 2008

«Com as palavras todo cuidado é pouco, mudam de opinião como as pessoas. (...) Porque as palavras, se não o sabe, movem-se muito, mudam de um dia para o outro, são instáveis como sombras, sombras elas mesmas, que tanto estão como deixaram de estar, bolas de sabão, conchas de que mal se sente a respiração, troncos cortados.»

As Intermitências da Morte, José Saramago, 2005


Joana Baltazar 12ºB
Memorial do Convento

“Memorial do Convento”, publicado em 1982, é um dos mais conhecidos romances de José Saramago. A história desta obra centra-se na construção do Convento de Mafra, durante o reinado de D. João V (século XVIII). Esta construção decorreu em cumprimento da promessa do rei de construir um convento em Mafra para os franciscanos, caso a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse um herdeiro. Esta narração é intercalada com a história de Baltasar (um operário que participou na construção do convento) e de Blimunda, a sua mulher, assim como, do padre Bartolomeu de Gusmão que queria voar.


«Além da conversa das mulheres, são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Mas são também os sonhos que lhe fazem uma coroa de luas, por isso o céu é o resplendor que há dentro da cabeça dos homens, se não é a cabeça dos homens o próprio e único céu.»

Memorial do Convento, José Saramago, 1982


Joana Baltazar 12ºB

sábado, 26 de abril de 2008

JOSÉ SARAMAGO

«O que há (...) são livros em que eu, como cidadão, como pessoa que sou, diante do tempo, diante da morte, diante do amor, diante da ideia de Deus existente ou não, diante das coisas que são fundamentais (e continuarão a ser fundamentais), procuro colocar o conjunto de dúvidas, de inquietações e de interrogações que me acompanham.»

José Saramago, «falando da sua obra», in Jornal de Letras, Lisboa, 1998
cc

segunda-feira, 21 de abril de 2008

saudades


olá...tenho muitas saudades da minha turminha,só ai sabia que tudo corria bem quando estavamos todos juntos era uma alegria...A "mamã" depois mostrava qual o caminho a seguir...foram os melhores três anos de português da minha vida...Com todos do 12ºF e 12ºE e claro a "mamã" que saudades que eu tenho suas, sempre "aqui" para tudo... As minhas aulas de português ficarão sempre na minha amiga memória, o nosso abraço de grupo na aula que o luís foi o nosso centro de atenções...Só ele fez chorar e rir toda a turma e assim se fazem os amigos para a VIDA...gosto muito de todos e tenho muitas saudadinhas vossas.

Desculpem a invasão!! BEIJINHOS E ABRAÇOS

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Em torno de um só momento!

E de pensar que poderia eu ter sido feliz a olhar para o céu e imaginar...
Para quê alicerçar aos meus sonhos mais 2 segundos de espera? Para quê continuar a aquecer as infímas esperanças?
A verdade é que as (minhas) estrelas vão deixando, uma a uma, de brilhar e múltiplas sombras atacam e marcam o encanto que me dá cada linha daquele rosto!

Continuo de boca amordaçada...
Continuo com as mãos amarradas...
Continuo a ter frio...



Ricardo Lima 12ºE Nº 12


(a bad day...)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

«DEIXA QUE TE LEVE... ASSIM... TÃO LEVE»


Paulo Gonzo & Lúcia Moniz
Beijo leve triste

Teimoso subi
Ao cimo de mim
E no alto rasgei
As voltas que dei

Sombra de mil sóis em glória
Cobrem todo o vale ao fundo
Dorme meu pequeno mundo

Como um barco vazio
P'las margens do rio
Desce o denso véu lilás
Desce em silêncio e paz
Manso e macio

Deixa que te leve
assim tão leve
Leve e que te beije meu anjo triste
Deixo-te o meu canto canção tão breve
Brando como tu amor pediste

Não fales calei
Assim fiquei
Sombra de mil sóis cansados
Crescendo como dedos finos
A embalar nossos destinos

Deixa que te leve
assim tão leve
Leve e que te beije meu anjo triste
Deixo-te o meu canto canção tão breve
Brando como tu amor pediste

(Solo)

Deixa que te leve
assim tão leve
Leve e que te beije meu anjo triste
Deixo-te o meu canto canção tão breve
Brando como tu amor pediste

Em especial para a Eunice (10ºG) e para o Ricardo Lima (12ºE)... duas vozes que mostrarão em breve o seu talento a toda a Escola! Gosto muito de vocês! E sei que o sabem... que o sentem... :)

CC



quinta-feira, 10 de abril de 2008

«Felizmente há Luar!»

(A imagem foi trabalhada e colocada por mim, Catarina! Espero que gostes... acho-a um 'espelho' de ti! Beijinho. CC)
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"Felizmente há Luar!" é um titulo que, mesmo para quem não leu a obra, faz voar e pensar no bom que é esta vida.!

Quero dedicar este pequeno texto a uma pessoa que me apoiou, e para quem o luar é a sua escapatória... para não cair nas profundezas da noite.



"Recordas-te das nossas mini férias? Pois é exactamente disso que vou falar...
Naquela noite, depois de irmos jogar bowling, em que já estava 'de rastos', chegámos a casa e eu fui a correr para a casa-de-banho. Não tinha bebido nada, nem estava com vontade de o fazer, sentei-me no chão daquela mini casa-de-banho e chorei. Ouvia-te, tal como aos outros dois, a perguntarem-se o que é que eu tinha. Estive ali uns 15 minutos a chorar convulsivamente.... foi então que te chamei.
Sentaste-te exactamente à minha frente (conseguem imaginar uma mini casa-de-banho? Agora imaginem duas 'malucas' sentadas no chão), eu não queria chorar mas foi mais forte do que eu... Olhavas-me com um olhar muito expressivo, na tentativa de saber o que se passava, e por entre soluços e lágrimas tentei explicar-te. Parei de chorar por momentos... e a primeira coisa que me disseste foi:
- Há quanto tempo não choravas? Não precisas de responder, chora, precisas mesmo de chorar!
E chorei como se não houvesse amanhã...



Começaste a dizer piadas, eu própria gozava comigo, e entre as lágrimas, soltava gargalhadas nervosas, mas rapidamente retomava o choro. Estava de rastos, e tu ali. Foste buscar um licor beirão com gelo para as duas.
Bebi um golo e acalmou-me, aí sim consegui explicar-te a história mais calmamente, ainda com lágrimas a correrem-me pela cara, perguntei-te por várias vezes o que é que estava cá a fazer. Tu não me respondias, só dizias para eu me acalmar.
Quando viste que eu estava mais calma disseste:
- «Bora pa sala»! eles estão preocupados, adoram-te e precisam de ti, tal como eu, tu não estás sozinha. Somos poucos mas bons, a tua vida vais mudar acredita nisso!
Fomos lá para fora, para a sala e passado um tempinho fui até a rua, olhei para a lua, e pedi que me ajudasse. Não raparei que a Vanessa vinha atrás de mim, perguntou-me se estava bem. Apenas lhe respondi que ainda bem que a lua existe, é como se fosse muitas vezes a minha salvação.... voltei para a sala e senti que realmente não estou sozinha..."

Queria dedicar esta minha história a 3 pessoas muito importantes para mim:

A Vanessa Costa, que é um doce e já teve a sua dose...
Ao Nelinho, que mesmo depois de tudo me apoia e não me deixa para trás...

Mas em especial..à Joana Duarte, mais conhecida como pitah. Esta miúda tem sido a minha companheira no pior e no melhor... foi ela que não me largou... e muitas vezes sou agressiva ao falar com ela e tudo mais... mas quero que saiba o quanto gosto dela... obrigado sua desnaturada... Adoro-te miúda...


Beijos a todos...









Catz 12ºE Nº2

sexta-feira, 14 de março de 2008

FELIZMENTE HÁ LUAR!






“Felizmente há Luar” é hoje um clássico da literatura dramática portuguesa. Com esta peça e o “Render dos heróis” de José Cardoso Pires dá-se início a uma corrente de teatro narrativo de influência Brechtiana que na segunda metade do século XX veio a ter seguidores em Portugal, entre os quais se contam Romeu Correia, Bernardo Santareno, Fernando Luso Soares, Helder Costa, etc.

A partir da obra de Raul Brandão “Vida e Morte de Gomes Freire” Luis de Sttau Monteiro mostra-nos o reino de Portugal sob o domínio dos ingleses que ocuparam o país no seguimento da vitória sobre as invasões francesas. A ditadura de William Beresford, o “aliado” ocupante, serve a Sttau Monteiro para mostrar os mecanismos de denúncia e traição que os regimes ditatoriais sempre fomentam e assim aproximar aquele período do século XIX da ditadura de Salazar sob a qual viveu.
A obra escrita em 1961 aproxima Gomes Freire de Andrade de Humberto Delgado, candidato da oposição a Salazar, que como o primeiro acaba assassinado pelo regime a que se opôs.

A peça faz assim, tal como o teatro fez sempre, uma transposição de tempos. Mostra-se o que se passou para que todos compreendamos melhor o que se passa. Assim fizeram os trágicos gregos indo buscar matéria à Guerra de Tróia e ao ciclo Tebano, assim fez Shakespeare indo estudar as crónicas dos antigos reis, assim fez Kleist, Victor Hugo, assim fez Brecht, Heiner Müller, etc, etc.

No início, a peça mostra-nos o ambiente que precede a revolta que, a triunfar, trará de volta o rei D. João VI a Portugal e promulgará uma monarquia constitucional. Intrigas, denúncias, mas também o povo esperançado a avançar na sua luta. O ritmo é rápido, através do qual são apresentados os vários grupos sociais que estão em jogo e termina com a prisão de Gomes Freire de Andrade.
Segue-se o desânimo geral devido à prisão do General. Tal como no tempo de Salazar a polícia actua sobre os civis evitando que a revolta se propague. Matilde, a mulher de Gomes Freire de Andrade, (interpretada no espectáculo por Maria do Céu Guerra) personagem que embora tendo existido realmente, é na peça romantizada e enfatizada pelo autor que lhe confere o papel da corajosa protagonista que tudo arrisca para salvar o “seu herói” com quem partilhou amor, vida e convicções durante muitos anos. O ritmo deste acto é mais lento, mais trágico, mais belo. Tudo caminha para a fatalidade. O herói será sacrificado. No fim só nos resta esperar que o heroísmo do grande patriota dê frutos e exemplo na resistência à tirania.
No silêncio o povo avança…

Maria do Céu Guerra


O Intelectual e o seu Tempo

Há peças que marcam uma época. É o caso de “Felizmente há luar!” de Luís de Sttau Monteiro.
Foi escrita nos anos de brasa que foram o início dos anos 60 e no rescaldo da burla eleitoral que entronizou o medíocre marinheiro Américo Tomás no posto de Presidente da República roubando ao povo português a sua indiscutível escolha, o general Humberto Delgado.
A peça foi publicada e alcançou grande êxito, aliás previsível, dado o paralelismo entre a perseguição ao general Gomes Freire de Andrade e ao general que tinha entusiasmado o país anunciando que “Obviamente” iria demitir o Presidente do Conselho se fosse eleito.
Claro que a Censura proibiu a sua exibição e o autor passou a sofrer o anátema de ser anti-regime, venerado, atento e obrigado.
A resposta de Sttau Monteiro foi clara e sem equívocos. Não perdeu a arma que era a sua pena e não abrandou a luta nem a coragem.
E, por isso, teve a normal resposta do ditador Salazar: perseguições e prisão.
É bom lembrar a acção exemplar deste género de intelectuais, hoje espécime raro em Portugal e no mundo dito civilizado.
Na linha de Zola, Romain Roland, Stefan Zweig e tantos outros, era um intelectual comprometido com o seu tempo.

Helder Costa


Pode consultar aqui o guião pedagógico do espectáculo feito em parceria com o Ministério da Educação

Ficha Artística e Técnica
Texto Luis de Sttau Monteiro
Encenação: Helder Costa
Elenco: Maria do Céu Guerra, Jorge Gomes Ribeiro, Luis Thomar, Pedro Borges, Rita Fernandes, Ruben Garcia, Sérgio Moras, Sérgio Moura Afonso, Susana Costa

Figurinos: Maria do Céu Guerra
Adereços: Luís Thomar
Luminotecnia: Fernando Belo
Sonoplastia: Rui Mamede
Apoio Técnico: José Carlos Pontes
Relações Públicas e Produção: Elsa Lourenço
Secretariado: Maria Navarro
Costureira: Inna Siryk
Montagem: Mário Dias
Bilheteira: Sandra Filipe, Hugo Quinta
Cartaz: Rita Lello, Elsa Lourenço
Fotografias: Tânia Araújo / MEF
Fotografia Cartaz: Uwe R. Zimmer

sábado, 8 de março de 2008

unicamente especial

Hoje decidi escrever para aqueles que simplesmente marcaram a minha vida, de uma maneira inexplicável, aqueles que por algum motivo me fazem sentir feliz, única importante .

Posso estar no sitio mais escuro, frio, assustador , mas tudo muda desde o momento que vos encontro aqueles espaço assustador torna-se num lugar lindo e iluminado.

Pois as pessoas é que fazem os lugares, não são os lugares que fazem as pessoas.

Obrigado por existirem na minha vida…

para:

Meu amor

sara
natacha

Joana

Patrícia

Rinas

Bilauzinho

Florirasca :D

Nemo

David

Nelson

Samuu

Teixeira

bernado

By: patrícia vieira 12º D

sexta-feira, 7 de março de 2008

Eterna Saudade

Fui para uma café, estava sozinha, a pensar na vida, a pensar naquilo em que me tornei, a pensar em quanto mudei. E de novo surgiram à minha memória aquelas imagens guardadas... todas as caricias, todos os momentos, para mim grnadiosos, para ti insignificantes!
Mas ainda assim, Sorrio, ainda que a minha alma chore. Sorrio, ainda que me despreses. Sorrio, ainda que uma lágrima corra pelo meu rosto. Sorrio Por ter sido tão Feliz....
Não te guardo rancor, não tenho raiva, nem um pouco de ódio, guardo sim cada palavra, cada beijo, cada momento... em mim sempre eternos!
Podes pensar que com tudo isto estou feliz! Não! Mas também não estou desolada.
Estou Feliz por ter sido digna do teu respeito, e triste por não ter sido digna do teu amor...
E assim termino mais um desabafo não com tristeza... mas apenas com uma saudade imensa...



Catz 12ºE Nº2
" A palavra certa, na hora certa ! "
Verdade - A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida.
(Eduardo Girão)
Adversidade - O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas. (Willian George Ward)
Alegria - As pessoas são solitárias porque constroem paredes em vez de pontes.
(Joseph F. Newton)
Amor- Apesar de raramente termos consciência disso, não há dúvida de que a necessidade mais profunda do ser humano é dar-se.
(Jacques Philippe)

Sabedoria - A prova mais clara de sabedoria é uma alegria constante.
(Michel de la Montaigne)
Amizade - Uma das alegrias da amizade é saber em quem confiar.
(Alejandro Manzoni)
Consciencia - A necessidade cada vez mais aguda de ruído só se explica pela necessidade de sufocar alguma coisa.(K. Lorenz)
Coragem - Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo.
(Mark Twain)
Erro - O êxito consiste em aprender a ir de fracasso em fracasso sem cair no desespero.(Winston Churchill)
Esperança - Entre um Sim que nos deixa felizes , e um Não que nos deixa tristes , existe sempre um talvez que nos deixa ter esperanças .
- O homem está sempre disposto a negar aquilo que não compreende.
(Luigi Pirandello)
Justiça - Faz o que for justo. O resto virá por si só.(Goethe)
Morte - Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada. (Fernando Pessoa)
Liberdade - Prefiro morrer de pé a viver sempre ajoelhado.(Ernesto "Che" Guevara)
Personalidade - Podemos converter alguém pelo que somos, nunca pelo que dizemos.(H. Rohden)
Sentimentos - O coração tem razões que a razão desconhece.(Pascal)
Virtude - O desgosto e a alegria dependem mais do que somos do que daquilo que nos acontece.
(Multatuli)
Joana Barradas 12ºE Nº6

quarta-feira, 5 de março de 2008

Caminhada

Sei que na minha caminhada tenho um destino, uma direcção, por isso tenho que calcular os meus passos, prestar atenção ao que faço e o que fazem os que por mim passam ou pelos quais eu passo...
Que eu não me iluda com o ânimo e o vigor dos primeiros passos, porque chegará o dia em que os pés não terão tanta força e ficarão feridos no caminho e se cansarão mais cedo...

Todavia, quando houver cansaço, que eu não desespere e acredite que ainda terei forças para continuar, principalmente quando houver quem me auxilie...
É oportuno que, nos meus sorrisos, eu me lembre de que existem os que choram, que, assim, a minha gargalhada não ofenda a mágoa dos que sofrem: por outro lado, quando chegar a minha vez de chorar, que eu não me deixe dominar pela desesperança, mas que eu entenda o sentido do sofrimento, que me nivela, que me iguala, que torna todos os homens iguais...

Quando eu tiver tudo, comida e coragem, água no cantil, e ânimo no coração, bota nos pés e chapéu na cabeça, e, assim, não temer o vento e o frio, a chuva e o tempo. Que eu não me considere melhor do que aqueles que ficarão atrás, porque pode vir o dia em que não terei mais nada para a minha jornada e aqueles, que ultrapassei na caminhada, me alcançarão e também poderão fazer como eu fiz e não fazerem nada por mim, que ficarei no caminho sem sequer chegar ao final, ao meu objectivo...

Quando o dia brilhar, que eu tenha vontade de ver a noite em que a caminhada será mais fácil e mais amena; quando for de noite, porém e a escuridão tornar mais difícil a minha caminhada, que eu saiba esperar pelo nascer do dia, e receber o calor como uma bênção... Que eu perceba que a caminhar sozinho pode ser mais rápido, mas terei uma caminhada solitária...

Quando eu tiver sede, que encontre a fonte pelo caminho, quando eu me perder, que encontre a indicação, a seta, a minha direcção... Que eu não siga os que se desviam, mas que ninguém se desvie seguindo os meus passos... Que a pressa em chegar não me afaste da alegria de ver as flores simples que estão a beira da estrada, que eu não perturbe a caminhada de ninguém, que eu entenda que seguir faz bem, mas que, às vezes, é preciso ter coragem de voltar atrás e recomeçar e ir noutra direcção...

Que eu não caminhe sem rumo, que eu não me perca nas encruzilhadas, mas que eu não tema os que me assaltam, os que me tentam parar, mas que eu vá onde devo ir e, se eu cair no meio do caminho, que fique a lembrança que a minha queda foi para impedir que outros caiam no mesmo abismo...
Que eu chegue, sim, mas, ainda mais importante, que eu faça chegar quem me perguntar, quem me pedir conselhos, e acima de tudo, quem me seguir, confiando em mim!


Nuno, nº10, 12º E

segunda-feira, 3 de março de 2008

José Cardoso Pires




Luís Lanção, nº4, 12ºF

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Outro lado da minha alma...




"Não sei quem me sonho...

Súbito toda a água do mar do porto é transparente

e vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse desdobrada,

Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele porto,

E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa

Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem

E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro,

E passa para o outro lado da minha alma... "

Fernando Pessoa, in Chuva Oblíqua







Catarina Alves, 12ºE

domingo, 24 de fevereiro de 2008

«E uma vontade de ir, correr o mundo e partir...»



Homem do Leme

Sozinho na noite
Um barco ruma, para onde vai?
Uma luz no escuro
Brilha a direito, ofusca as demais

E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé
Mas vogando à vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme

E uma vontade de rir
Nasce no fundo do ser
E uma vontade de ir
Correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder

No fundo do mar
Jazem os outros, os que lá ficaram
Em dias cinzentos
Descanso eterno lá encontraram


letra: Tim
música: Xutos & Pontapés

CC

sábado, 23 de fevereiro de 2008

«A terra é pequena...»

"- A terra é pequena. É o que fazemos por estas bandas. Sentamo-nos num círculo e falamos das outras pessoas. Ficamos a saber como correm as suas vidas, trocamos impressões, avaliamos se os outros estão certos ou errados e, se pudermos, resolvemos os problemas deles na privacidade da nossa própria casa. Na verdade, ninguém admite tal coisa, mas todos fazemos o mesmo. No fundo, é quase um modo de vida."

Nicholas Sparks, em "À Primeira Vista"


V. Marques

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Algo que só nós sabemos

Dia dos Amigos!! Já que não há nenhum... Luís Lanção... dedicado a ti!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Sinto ...

Sinto tudo...
Mas... ao mesmo tempo...
não sinto nada...
Sinto que este vazio
se vai apoderando de mim
...de dia para dia.
Sinto que a tua falta
se entranha em mim.
Da forma mais dura...
insana.
Sei tudo,
mas não sei nada...


Preciso de ti...

J.P.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Dedicatória



Dedicatória
(Para R.F.)


Depois da minha mente ter sido limpa,

Naquela gloriosa viagem, retomo a minha

Bendita escrita, recordando a tristeza

Do meu triste espirito...

Do meu triste coração!


Vejo-te mesmo de olhos vendados,

Toco-te mesmo que estejamos longe,

Beijo-te ainda que não estejas...


Não te esqueço nem que me torturem,

Nem que me massacrem ou molestem,

Não por meu querer,

Mas por o meu coração não me obedecer.


Quando te vejo, evito olhar-te,

Falar-te, talvez por ainda haver

Uma esparança de esquecer-te...


Choro só, para que ninguém veja

A dor que corre nas minhas veias ja sofridas...

Sorrio, para que todos pensem que

Sou feliz, neste miserável mundo!


Todas as noites olho a lua

Rio para ela, peço-lhe força para

Mais um dia. Ao raiar da manhã,

Agradeço ao sol por me iluminar,

Aquecer o meu espirito,

Para que me torne menos fria...


E assim termino por agora,

Relembrando na minha infernal

Memória, o teu explendido sorriso,

O teu suave toque, os teus amorosos

Olhos, o teu maravilhoso beijo!




Tudo isto por tu seres daquele tipo de ser...

Difícil de lembrar,

Mas impossível de esquecer...
By: Catz 12ºE, Nº2

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Ser Forte é ...


Ser Forte é :



# Amar Alguém Em Silêncio !

- Irradiar Felicidade Quando Se É Infeliz !

# Tentar Perdoar Alguém Que Não Merece Perdão !

- Esperar Um Regresso Sem Retorno

# Manter-se Calmo No Momento Do Desespero !

- Dizer A Verdade Em Qualquer Circunstancia !

# Sorrir Quando Apetece Chorar !

- Fazer Alguém Feliz Quando Se Tem O Coração Em Pedaços !

# É Calar , Quando O Que Mais Apetece É Gritar Ao Mundo A Angústia !

- Consolar Quando Se Precisa De Consolo !

# Ter Fé Naquilo E Que Se Acredita !- Dar Quando Se Tem Pouco !

# Dar A Algém Motivo Para Sorrir !

-Bater Com A Cara No Chão , Erguer A Cabeça E Seguir Em Frente !

# É Ser Grande De Alma !

- É Ser Pequeno De Ego !





# Ouvir Os Outros E Respeitar !

- Saber Ouvir E Saber Falar !

# Crescer E Evoluir !

- Manter E Construir !

# Viver E Desfrutar !

- Aprender e Ensinar !

# Aproveitar A Amar !





- Ser Forte É Saber Ser Feliz !



sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Fundo do Mar





No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
de Sophia de Mello Breyner
Luís Lanção, nº4, 12ºF

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Pub. Instituicional Portuguesa


Dá que pensar...


Era bom que se pensasse mais nos outros...!

Catarina Alves - 12ºE

domingo, 13 de janeiro de 2008

Um dia negro para ti e para os teus...

Um olhar
Um momento
Senti…
Não tudo,
Nem um pouco
Do que sentias…

Mas ver a tua dor…
O teu momento de tristeza…
Fez me sentir…
Um pouco do que sentes.
Não tudo,
Nem um pouco.
Derramar lágrimas…
Não semelhantes às tua,
Mas iguais à mesma

Chorei por te ver chorar
Chorava de novo
Só por te ver assim
Triste,
Sem alma… Sem cor…
Cheia de dor…

Ver te
E não poder fazer nada…
Dizer te para teres força,
Quando tu queres chorar…
Tentar conformar te
Quando não há forma de conformar

Olhei te
Toda a noite…
Vi o brilho dos teus olhos desaparecer
E nada pude fazer…
Vi o mais triste sorriso na tua face
O sorriso de chorar…

Lamento a tua dor,
Lamento a tua perda,
Lamento o que tens de viver,
Agora, amanhã e para sempre…
Lamento o que tens de enfrentar
Lamento se não estarei lá para te ajudar…

Tudo o que lamento
São meras palavras,
Que tu e os teus ouvirão
Agora, amanhã e para sempre…
Palavras sentidas e vividas,
Pois quem passa,
Vive-as
Quem vê,
Sente-as…

Um dia negro para ti
E para os teus…

Sentiste-o
Viveste-o
Passaste-o
Mas não irás esquecê-lo

Beijos

R.I.P.

Ivo Duarte